Ribeirão Preto, Terça-feira, 23 de Março de 2010

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Servidores de Ribeirão entram em greve hoje

Categoria recusa proposta de 5,31% feita ontem pela prefeita Dárcy Vera

Sindicato queria 15,9% e afirma que vai manter 30% trabalhando, como manda a lei; Dárcy, porém, diz já ter oferecido o máximo possível


DA FOLHA RIBEIRÃO

Os servidores municipais de Ribeirão Preto não aceitaram ontem a proposta de reajuste salarial da prefeita Dárcy Vera (DEM) e decidiram entrar em greve a partir da 0h de hoje.
O pacote rejeitado na assembleia dos servidores, na noite de ontem, havia sido apresentado pela prefeita de manhã, no Palácio Rio Branco.
Em reunião com representantes do sindicato, em que também compareceu todo o secretariado, a prefeita propôs aumento de 5,31% ao funcionalismo -4,31% de reposição de inflação e 1% de aumento real.
Além do reajuste, Dárcy ofereceu aumento nos valores do vale-alimentação (de R$ 351 para R$ 400), do teto para o recebimento de cesta básica pelos aposentados (de R$ 1.000 para R$ 1.300) e do pagamento de licenças-prêmio que estão atrasadas desde 1999 para 4.418 servidores.
Reivindicando 15,9% de aumento, entre ganhos salariais, reposição da inflação e incorporação de benefícios aos vencimentos, os funcionários decidiram pela greve, "mas se abriram para a possibilidade de negociação", disse o presidente do sindicato dos servidores, Wagner Rodrigues.
Segundo ele, faltou na proposta da prefeitura o aumento de 2% para o seguro de vida dos servidores, a inclusão da discussão sobre a diferença salarial para 1.000 funcionários em estágio probatório e o aumento do valor da cesta básica dos aposentados para R$ 100 -ante os R$ 74,07 propostos.
Rodrigues disse que a categoria vai manter pelo menos 30% trabalhando em todas as unidades da administração municipal, como manda a lei, e deverá fazer uma "greve diferente" na área da saúde, que passa por dificuldades.
Na manhã de ontem, Dárcy disse que o reajuste oferecido era o máximo possível sem comprometer os investimentos e custeio da administração. Somente os reajustes do salário e do vale-alimentação teriam impacto de R$ 20,7 milhões nos cofres municipais.


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