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Outro lado
Ubiali diz não ver nenhuma imoralidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Recordista na região na
distribuição de passagens a
parentes e assessores para
viagens ao exterior, o deputado Marco Aurélio Ubiali
afirmou que não vê nenhuma imoralidade em viajar ao
exterior acompanhado da
mulher e dos filhos, já que o
trabalho do parlamentar é
exercido em tempo integral e
não se resume às atividades
em Brasília. "É como se dissessem que minha família
não pode entrar no meu
apartamento funcional em
Brasília", disse.
Ubiali afirmou ainda que o
uso das passagens era considerado legal. Questionado
sobre a moralidade do ato, já
que usou dinheiro público
para atividades privadas, o
socialista respondeu que essa era uma "orientação" das
antigas mesas da Câmara.
"Hoje, olhando por esse
ponto de vista que está sendo
apontado pela imprensa, talvez possa ser considerado errado. Mas antes não havia essa discussão", disse.
O clima na Câmara, ontem, segundo Ubiali, era de
surpresa com a repercussão
dos gastos com passagens.
"Isso é feito há 40 anos. Era
considerado normal".
O tucano Lobbe Neto afirmou ter usado apenas as milhagens a que tinha direito
para pagar as passagens da filha e da mulher ao Chile. As
taxas de embarque, que segundo o próprio deputado
foram pagas com recursos de
sua cota parlamentar, foram
cobradas indevidamente.
Ele disse ter visto inconsistências no levantamento
do Congresso em Foco. Para
Lobbe Neto, "não havia nada
de errado" na utilização das
passagens. Como exemplo
da conduta, ele citou o presidente da Câmara, Michel Temer, que tinha classificado
como legal o uso das passagens mesmo por parentes.
Incluído na lista do Congresso em Foco por causa de
uma viagem a Frankfurt, o
deputado Duarte Nogueira
afirmou ter usado as passagens em uma missão oficial
ao Parlamento Europeu, em
Bruxelas. Segundo ele, a viagem foi feita entre os dias 3 e
8 de maio de 2008, com o objetivo de participar de um
debate sobre o uso e produção de biocombustíveis.
Nogueira disse que a viagem foi autorizada pela Câmara, mas a instituição não
pagou a viagem. Por isso, foi
usada a cota parlamentar de
passagens. O deputado de Ribeirão afirmou nunca ter
emitido bilhetes para viagens de parentes ou amigos,
e declarou ser a favor de mais
transparência nos gastos de
todas as esferas da administração pública.
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