DA FOLHA RIBEIRÃO

A transformação pela qual passa o centro comercial de Ribeirão Preto, localizado mais próximo da avenida Independência, se assemelha à mudança do perfil de ocupação dos imóveis da rua Augusta, em SP.
Embora não tenha os neons e casas de prostituição da capital, as ruas Duque de Caxias e General Osório não eram frequentadas pela classe média à noite até quatro anos atrás, mesmo ano em que o empresário Facundo Guerra abriu o clube Vegas, na Augusta, e começou a atrair jovens mais endinheirados para a região.
"Eu não fui um visionário. Eu não tinha grana para bancar um aluguel em outros lugares da cidade. Morava ali perto, o público que a gente imaginava estava ali perto", afirmou Guerra, que hoje tem mais dois bares na região da Consolação, o Volt e o Z Carniceria.
O empresário disse que, depois da a abertura das casas, a região consolidou a vida noturna e os aluguéis tiveram valorização superior a 50%.
Na avaliação do arquiteto e urbanista Fernando Freire, presidente do Comur, a requalificação dos centros mais antigos passa pelo tripé cultura-gastronomia-entretenimento.
"No centro está toda a nossa história, existe infraestrutura e transporte. O poder público precisa estimular esse tipo de uso depois do horário comercial", disse Freire.


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