Ribeirão Preto, Quinta-feira, 23 de Outubro de 2008

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Por Dárcy, Câmara pode mudar Orçamento

Prefeita eleita de Ribeirão Preto poderá ter uma margem de manobra maior para redirecionar o uso de verbas em 2009

Em reunião prevista para amanhã com o prefeito Welson Gasparini (PSDB), democrata deve discutir mudança no projeto atual


VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Câmara de Ribeirão Preto pode trabalhar politicamente para que a prefeita eleita Dárcy Vera (DEM) tenha uma margem de manobra no Orçamento de 2009 mais flexível do que a garantida ao atual prefeito Welson Gasparini (PSDB).
Durante os três anos de mandato, Gasparini nunca conseguiu aprovar os índices de remanejamento que propôs à Câmara, percentual equivalente ao volume de recursos que o prefeito tem direito de transferir -de uma secretaria para outra, por exemplo- sem pedir autorização aos vereadores.
Para o Orçamento de 2006, o prefeito solicitou 10%, mas só conseguiu 5%. No ano seguinte, pediu um índice de 30%, mas os vereadores só aprovaram 10%. Para o Orçamento de 2008, o governo tucano havia pedido 20% e obteve 15%.
"Dárcy vai ter alguns abacaxis para descascar no ano que vem. Então, talvez ela precise de mais jogo de cintura, não ficar muito dependente da Câmara, que também não pode soltar a corda demais", disse Silvio Martins (PMDB), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa.
Na peça enviada ao Legislativo no final do mês passado, Gasparini pediu índice de remanejamento de 20%, o que equivaleria a cerca de R$ 200 milhões considerando a receita estimada de R$ 1,1 bilhão. O percentual é o mesmo solicitado pelo ex-prefeito Gilberto Maggioni (PT) em 2004 e aprovado pelos vereadores.
Dárcy se reúne com Gasparini amanhã para discutir o Orçamento -ela pode pedir ao prefeito que envie um substitutivo ao projeto atual. Ela evitou comentar se pediria o apoio da Câmara. "Eu não quero fazer nada antes de conversar com ele, que ainda é o prefeito."
Na legislatura atual, a prefeita eleita já teria maioria na Casa para propor mudanças no Orçamento, uma vez que 12 dos 20 vereadores são de partidos da coligação que a elegeu.


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