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Alcoolduto deve tirar 80 mil caminhões das rodovias por ano
Ligação de Ribeirão a Paulínia terá 202 km e condições de transportar até 12 bilhões de litros de álcool por ano
Previsão de conclusão da obra é até o primeiro trimestre de 2013; ao todo, novo duto terá
850 km, saindo de Goiás
Silva Junior/Folhapress
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é abraçado por operário no lançamento do duto
DE RIBEIRÃO PRETO
O alcoolduto lançado ontem em Ribeirão Preto pelo
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva deverá retirar das rodovias cerca de 80 mil caminhões por ano, de acordo
com a Petrobras.
O maior impacto deve ser
visto na ligação entre Ribeirão e Paulínia, a principal do
país, que liga um polo produtor a outro distribuidor. A ligação em Ribeirão sairá do
terminal da Petrobras e percorrerá 202 quilômetros até o
polo petroquímico de Paulínia, na região de Campinas.
Por ano, a ligação terá capacidade de transportar até
12 bilhões de litros de etanol.
A previsão de conclusão é para o início de 2013.
A obra toda, de Jataí e Senador Canedo, em Goiás, até
o porto de São Sebastião, no
litoral norte de São Paulo, terá 850 quilômetros e capacidade para transportar até 21
bilhões de litros por ano.
Em Ribeirão, o álcool será
transportado por caminhões
das usinas até o terminal, onde será pesado e passará por
uma análise de qualidade.
Depois, será armazenado em
tanques para, então, entrar
no duto e seguir o destino.
Ainda ontem, a Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, assinou um
contrato de US$ 239,1 milhões para a construção de
80 barcaças e 20 empurradores que farão a ligação hidroviária para o escoamento do
etanol produzido na região
de Araçatuba.
A carga seguirá pela hidrovia do Tietê até Anhembi, de
onde sairá por dutos até Paulínia para se juntar ao alcoolduto de Ribeirão Preto. A
obra está prevista para ser
concluída até 2015.
Para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de
Azevedo, a instalação do alcoolduto vai aumentar a rentabilidade da atividade do
etanol no Brasil.
"Significa que o setor sucroalcooleiro tem, nesse primeiro momento, condições
de melhorar sua renda, gerando lucros para os proprietários e renda também para
os trabalhadores", disse.
A rentabilidade estaria ligada, principalmente, à redução dos custos de transporte do produto.
Levantamento da direção
da Petrobras aponta que, dependendo das distâncias, a
redução no custo poderá ser
de 50% a 90%.
(VENCESLAU BORLINA FILHO E ARARIPE CASTILHO)
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