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POLÍCIA
Alunos queimados em trote passam por exame em Barretos
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os estudantes Jorge Ferreira da Silva, 30, e Patrick
Adriano de Souza, 23, passaram ontem por exame de
corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) de Barretos, que definirá se o grau
das lesões nos dois foi leve ou
grave. Eles estavam entre os
sete calouros de Jaborandi
queimados por produto químico anteontem, no trote,
em frente à Unifeb (Centro
Universitário da Fundação
Educacional de Barretos).
A partir do exame, de acordo com o delegado do 2º DP
(Distrito Policial) de Barretos, Celso Spadacio, será definido se os autores irão enfrentar inquérito policial
-no caso de ser grave- ou se
o caso será repassado ao Ministério Público -caso seja
comprovada infração de menor potencial ofensivo. O resultado do exame deve sair
em cinco dias.
Também na tarde de ontem foram à delegacia de Jaborandi os dois supostos autores do trote: Dionatan Kavamoto, 20, e Felipe Troques
Dib, 24. Eles prestaram depoimento informal e irão retornar com seus advogados,
segundo a Polícia Civil.
Eles não foram intimados
pela polícia, por isso não há
prazo para prestarem depoimento oficial.
De acordo a doutora em
educação Viviane Patrícia
Colloca Araújo, que estudou
o trote em sua dissertação de
mestrado pela UFSCar (Universidade Federal de São
Carlos), ele se configura um
processo sadomasoquista.
"A própria vítima vê o trote como brincadeira, e aí está
o problema. Ele guarda isso e
no próximo ano pode fazer
com outra pessoa o que sofreu", afirmou Araújo.
A cumplicidade das vítimas faz com que elas não se
voltem contra a prática. Foi o
que aconteceu com os cinco
estudantes de Jaborandi que
decidiram não prestar queixa contra seus agressores, segundo a especialista.
Ontem, a Unifeb lançou na
internet um canal para alunos denunciarem os trotes.
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