Ribeirão Preto, Quarta-feira, 25 de Março de 2009

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Alimentos ficam 4,77% mais caros em Ribeirão

Cesta completa custa R$ 148, de acordo com pesquisa mensal feita pela ACI-RP

Farinha de mandioca teve aumento de 61%, o maior entre produtos avaliados; para instituto, crise não afetou supermercados

JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A cesta de alimentos ficou 4,77% mais cara em Ribeirão Preto neste mês, em comparação com fevereiro. É o que revela pesquisa mensal do Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), realizada entre os dias 18 dos dois meses.
O custo da cesta ficou em R$ 148, um avanço de 13% em relação a março do ano passado, quando custava R$ 131.
Com alta de 61%, a farinha de mandioca teve o maior aumento entre os itens pesquisados. Também tiveram altas expressivas alimentos como a batata lisa (52%), a cebola (34%) e o tomate (31%).
Para o diretor do instituto, Antônio Vicente Golfeto, os números mostram que "a crise não chegou aos supermercados", já que eles estão repassando os aumentos de preços do atacado ao consumidor.
Golfeto aponta ainda que a alta mostra uma recuperação dos preços dos alimentos. Na pesquisa anterior, feita entre 18 de janeiro e 18 de fevereiro, houve queda de 4,05%. "Isso pode ser reflexo dos preços das comodities (produtos agrícolas), que vêm reagindo", diz.
A oscilação no preço de produtos agrícolas é normal, segundo o fiscal da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) em Ribeirão Preto Oscar Vieira Palma. "Fatores climáticos estão afetando a qualidade dos produtos, que ficam mais caros", afirma Palma.
O fiscal cita como exemplo o tomate vendido em Ribeirão, vindo do Paraná. "Os [tomates] da região são mais baratos, mas têm sofrido por causa da temperatura quente e da chuva."
Donos de restaurantes ouvidos pela Folha dizem já ter sentido no bolso a inflação. "Estou segurando, mas logo vou ter de repassar para o cliente", diz o comerciante Joaquim Donizeti de Medeiros, 52. As maiores quedas foram nos preços do arroz (20%), fermento (16%) e farinha de milho (13%).


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