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Alimentos ficam 4,77% mais caros em Ribeirão
Cesta completa custa R$ 148, de acordo com pesquisa mensal feita pela ACI-RP
Farinha de mandioca teve aumento de 61%, o maior entre produtos avaliados; para instituto, crise não afetou supermercados
JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A cesta de alimentos ficou
4,77% mais cara em Ribeirão
Preto neste mês, em comparação com fevereiro. É o que revela pesquisa mensal do Instituto
de Pesquisas Sociais da ACI-RP
(Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto),
realizada entre os dias 18 dos
dois meses.
O custo da cesta ficou em R$
148, um avanço de 13% em relação a março do ano passado,
quando custava R$ 131.
Com alta de 61%, a farinha de
mandioca teve o maior aumento entre os itens pesquisados.
Também tiveram altas expressivas alimentos como a batata
lisa (52%), a cebola (34%) e o
tomate (31%).
Para o diretor do instituto,
Antônio Vicente Golfeto, os números mostram que "a crise
não chegou aos supermercados", já que eles estão repassando os aumentos de preços
do atacado ao consumidor.
Golfeto aponta ainda que a
alta mostra uma recuperação
dos preços dos alimentos. Na
pesquisa anterior, feita entre 18
de janeiro e 18 de fevereiro,
houve queda de 4,05%. "Isso
pode ser reflexo dos preços das
comodities (produtos agrícolas), que vêm reagindo", diz.
A oscilação no preço de produtos agrícolas é normal, segundo o fiscal da Ceagesp
(Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo)
em Ribeirão Preto Oscar Vieira
Palma. "Fatores climáticos estão afetando a qualidade dos
produtos, que ficam mais caros", afirma Palma.
O fiscal cita como exemplo o
tomate vendido em Ribeirão,
vindo do Paraná. "Os [tomates]
da região são mais baratos, mas
têm sofrido por causa da temperatura quente e da chuva."
Donos de restaurantes ouvidos pela Folha dizem já ter
sentido no bolso a inflação.
"Estou segurando, mas logo
vou ter de repassar para o
cliente", diz o comerciante
Joaquim Donizeti de Medeiros, 52. As maiores quedas foram nos preços do arroz (20%),
fermento (16%) e farinha de
milho (13%).
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