GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Prefeitura de Ribeirão Preto publica hoje no "Diário Oficial" do Município decreto que permite que os servidores públicos "vendam" a bancos que tenham agências na cidade os créditos referentes às perdas que tiveram com o Plano Collor.
Assim, os funcionários podem receber à vista do banco, em vez de serem pagos em 120 parcelas, conforme acordo feito entre o Sindicato dos Servidores e o ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB). Em vez de pagar aos servidores, a prefeitura terá então os bancos que compraram os créditos como credores.
O decreto regulamenta lei aprovada pela Câmara no início do mês. Cerca de 3.500 servidores têm direito a receber 28,35% de correção sobre os salários da época em que foi instituído o plano. A prefeitura deve a eles aproximadamente R$ 400 milhões.
Na transação, os servidores pagarão juros, cuja taxa pode variar de banco para banco. As instituições devem procurar a prefeitura para fazer o convênio, para que seja possível "comprar" a dívida dos servidores.
O presidente do sindicato, Wagner Rodrigues de Souza, disse que metade dos funcionários deve tentar receber o valor à vista. Já a prefeita Dárcy Vera (DEM) disse que a medida deve dinamizar a economia. "Além de o servidor pagar juro menor, já que a prefeitura vai garantir o pagamento, se metade disso entrar na economia, já vai movimentar."


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