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5 prefeituras figuram em lista de ações trabalhistas
Franca, São Carlos, Matão, Araraquara e Ribeirão estão entre as mais processadas
Franca é a 15ª colocada,
com 1.262 processos, que, segundo prefeitura, seriam motivados por mudanças para combater a "liberalidade"
LIGIA SOTRATTI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Cinco prefeituras da região
de Ribeirão Preto estão no ranking dos cem órgãos mais processados no 15º TRT (Tribunal
Regional do Trabalho) de Campinas, que abrange 599 dos 645
municípios paulistas. O levantamento feito pelo órgão levou
em consideração empresas e
órgãos públicos.
Entre as prefeituras, a campeã é Franca, que aparece em
15º lugar, com 1.262 processos.
A Prefeitura de São Carlos aparece na 41ª colocação, com 812
processos, à frente de Matão
(44ª, com 767 ações), Araraquara (56ª, com 643 processos)
e Ribeirão Preto (68ª, com 551
processos). Todos os números
levam em considerações ações
de primeira instância.
A explicação, segundo a Prefeitura de Franca, é que o elevado número de processos trabalhistas foi motivado por mudanças para combater a "liberalidade". "A prefeitura pagava
como prêmio R$ 3,5 milhões ao
ano em hora extra, que nem
sempre era realizada. Cortamos isso, o que gerou um grande número de ações", disse o
secretário da Administração
Jerônimo Sérgio Pinto.
Entre outras medidas, o secretário cita o descanso semanal remunerado dos professores, que não era registrado na
folha de pagamento.
Para ele, os "estoques repentinos de ações trabalhistas" são
resultado de mudanças no procedimento e é um comportamento "natural". "O volume é
gerado pela mudança do comportamento. Implantamos
mais rigor com a aplicação do
dinheiro público."
Já em São Carlos, segundo a
assessoria de imprensa da administração, o problema está
mais ligado a contratações terceirizadas. Em 2009, por exemplo, uma empresa de limpeza
suspendeu o pagamento aos
funcionários, que acabaram
acionando a prefeitura.
Matão, que é a terceira cidade da região a aparecer no ranking, informou que a maioria
dos processos é anterior a 2004
e se referem a agentes da Guarda Municipal. "Houve muita
reivindicação de hora extra, horário de almoço, porque a jornada era de 12 horas [de trabalho] por 36 horas [de descanso].
Passamos a oito horas para evitar essas falhas", disse o secretário da Administração da cidade, Aljamar de Lazari.
Por mês, segundo a prefeitura, são pagos R$ 100 mil de precatórios -o que Lazari atribui à
"indústria de ação trabalhista".
"Temos sanados problemas
que antes eram passíveis de
ação trabalhista. No entanto virou uma indústria e todas as
prefeituras sofrem com isso."
Para o secretário de Negócios
Jurídicos de Araraquara, Ricardo José dos Santos, as ações foram ajuizadas antes da gestão
de Marcelo Barbieri (PMDB).
Já em Ribeirão, segundo a secretária de Negócios Jurídicos,
Maria Helena Cividanes, a
maior parte das ações são referentes a funcionários contratados por terceirizadas.
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