Ribeirão Preto, Sexta-feira, 25 de Junho de 2010

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Ação contra prefeito chega à Câmara de Bebedouro

Representação pode resultar na cassação de João Batista Bianchini (PV)

Prefeito é acusado de integrar esquema de fraudes em licitações; defesa diz que ele é alvo de uma perseguição

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A Câmara de Bebedouro recebeu anteontem duas representações contra o prefeito João Batista Bianchini (PV), o Italiano, para abertura da CP (Comissão Processante) que determinará se ele será ou não cassado.
A abertura da CP havia sido decidida após a finalização da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que apurou a participação do chefe do Executivo em fraudes em licitações públicas.
As suspeitas foram levantadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal na operação Cartas Marcadas, no início de maio.
Qualquer um dos vereadores poderia ter pedido a abertura da CP, mas, segundo a assessoria de imprensa da Câmara, eles "preferiram" esperar pela iniciativa de alguém de fora do Legislativo.
O motivo alegado é que qualquer parlamentar que propusesse a abertura da comissão não poderia votar.
O autor de uma das representações é o desempregado Ari Alves de Souza Filho, que já foi diretor da cozinha piloto na gestão do ex-prefeito David Perez Aguiar (PT).
Como uma única representação era suficiente, a segunda foi desconsiderada.
Agora, os advogados da Câmara vão decidir se incluem o pedido de abertura da CP na pauta da próxima sessão, na segunda-feira, ou se ficará para a volta dos vereadores após o recesso de julho. A comissão terá 90 dias para ser encerrada.
A Folha entrou em contato com o prefeito João Batista Bianchini, mas ele disse que não comentaria a abertura da comissão contra ele e que também não falaria sobre a possibilidade de ser cassado.
Seu advogado, Vinicius Bugalho, de Orlândia, disse que a CPI conduzida pela Câmara tinha apenas viés político e que não reuniu os requisitos legais para propor a abertura de uma comissão processante.
"Essa comissão é o segundo turno das eleições em Bebedouro, bancada pela oposição, bancada por quem detém o controle da mídia", disse Bugalho.
"O prefeito [Italiano] quebrou uma hegemonia de 30 anos na cidade e, por isso, desde o primeiro dia [após a posse] estão tentando derrubá-lo. O que não conseguiram na urna querem conseguir no tapetão", afirmou o advogado.


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