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Ação contra prefeito chega à Câmara de Bebedouro
Representação pode resultar na cassação de João Batista Bianchini (PV)
Prefeito é acusado de integrar esquema de fraudes em licitações; defesa diz que ele é alvo de uma perseguição
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
A Câmara de Bebedouro
recebeu anteontem duas representações contra o prefeito João Batista Bianchini
(PV), o Italiano, para abertura da CP (Comissão Processante) que determinará se ele
será ou não cassado.
A abertura da CP havia sido decidida após a finalização da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que
apurou a participação do
chefe do Executivo em fraudes em licitações públicas.
As suspeitas foram levantadas pelo Ministério Público
e pela Polícia Federal na operação Cartas Marcadas, no
início de maio.
Qualquer um dos vereadores poderia ter pedido a abertura da CP, mas, segundo a
assessoria de imprensa da
Câmara, eles "preferiram"
esperar pela iniciativa de alguém de fora do Legislativo.
O motivo alegado é que
qualquer parlamentar que
propusesse a abertura da comissão não poderia votar.
O autor de uma das representações é o desempregado
Ari Alves de Souza Filho, que
já foi diretor da cozinha piloto na gestão do ex-prefeito
David Perez Aguiar (PT).
Como uma única representação era suficiente, a segunda foi desconsiderada.
Agora, os advogados da
Câmara vão decidir se incluem o pedido de abertura
da CP na pauta da próxima
sessão, na segunda-feira, ou
se ficará para a volta dos vereadores após o recesso de
julho. A comissão terá 90
dias para ser encerrada.
A Folha entrou em contato
com o prefeito João Batista
Bianchini, mas ele disse que
não comentaria a abertura da
comissão contra ele e que
também não falaria sobre a
possibilidade de ser cassado.
Seu advogado, Vinicius
Bugalho, de Orlândia, disse
que a CPI conduzida pela Câmara tinha apenas viés político e que não reuniu os requisitos legais para propor a
abertura de uma comissão
processante.
"Essa comissão é o segundo turno das eleições em Bebedouro, bancada pela oposição, bancada por quem detém o controle da mídia", disse Bugalho.
"O prefeito [Italiano] quebrou uma hegemonia de 30
anos na cidade e, por isso,
desde o primeiro dia [após a
posse] estão tentando derrubá-lo. O que não conseguiram na urna querem conseguir no tapetão", afirmou o
advogado.
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