Ribeirão Preto, Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

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GUERRA URBANA

Jaboticabal inicia júri de 13 acusados de matar delegado

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Justiça de Jaboticabal inicia na manhã de hoje o julgamento de 13 presos acusados de participação na morte do delegado Adelson Taroco, ocorrida em 2006. No dia 13 de maio daquele ano, Taroco entrou na cadeia para negociar com presos que estavam rebelados, mas foi amarrado a um colchão pelos detentos, que atearam fogo, atingindo 80% do corpo do policial. Ele morreu 21 dias depois, na UTI do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto.
No total, 39 presos à época em Jaboticabal foram indiciados pelo crime e, deles, 13 terão seus destinos analisados por um júri popular.
Sete presidiários foram acusados de motim, incêndio e dano ao patrimônio público, além de homicídio duplamente qualificado.
Para o julgamento que começa hoje -cuja previsão é de duração de dois dias, podendo chegar a três- as ruas ao redor do Fórum de Jaboticabal serão isoladas e detectores de metais serão utilizados por questões de segurança. Além dos presos, 24 testemunhas serão ouvidas.
O motim na cadeia de Jaboticabal ocorreu simultaneamente aos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado. Nos ataques promovidos pela facção criminosa, 43 integrantes das forças de segurança do Estado foram assassinados. A facção estava insatisfeita com a transferência da cúpula do PCC para uma prisão de segurança máxima em Presidente Venceslau.
Casado e pai de dois filhos, Taroco tinha 39 anos quando morreu e estava na função de delegado havia 17 anos, dos quais 15 em Jaboticabal. Era delegado desde 1998, quando prestou concurso público aos 22 anos.


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