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GUERRA URBANA
Jaboticabal inicia júri de 13 acusados de matar delegado
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Justiça de Jaboticabal
inicia na manhã de hoje o julgamento de 13 presos acusados de participação na morte
do delegado Adelson Taroco,
ocorrida em 2006. No dia 13
de maio daquele ano, Taroco
entrou na cadeia para negociar com presos que estavam
rebelados, mas foi amarrado
a um colchão pelos detentos,
que atearam fogo, atingindo
80% do corpo do policial. Ele
morreu 21 dias depois, na
UTI do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto.
No total, 39 presos à época
em Jaboticabal foram indiciados pelo crime e, deles, 13
terão seus destinos analisados por um júri popular.
Sete presidiários foram
acusados de motim, incêndio
e dano ao patrimônio público, além de homicídio duplamente qualificado.
Para o julgamento que começa hoje -cuja previsão é
de duração de dois dias, podendo chegar a três- as ruas
ao redor do Fórum de Jaboticabal serão isoladas e detectores de metais serão utilizados por questões de segurança. Além dos presos, 24
testemunhas serão ouvidas.
O motim na cadeia de Jaboticabal ocorreu simultaneamente aos ataques do
PCC (Primeiro Comando da
Capital) no Estado. Nos ataques promovidos pela facção
criminosa, 43 integrantes
das forças de segurança do
Estado foram assassinados.
A facção estava insatisfeita
com a transferência da cúpula do PCC para uma prisão de
segurança máxima em Presidente Venceslau.
Casado e pai de dois filhos,
Taroco tinha 39 anos quando
morreu e estava na função de
delegado havia 17 anos, dos
quais 15 em Jaboticabal. Era
delegado desde 1998, quando
prestou concurso público
aos 22 anos.
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