Comerciantes dizem que levarão três anos para recuperar o investimento feito

Local foi aberto com 40 espaços funcionando e hoje, dos 131 boxes, 90 estão em operação, de acordo com a síndica do local

LIGIA SOTRATTI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Às vésperas de completar um ano, o Mercadão da Cidade de Ribeirão Preto, localizado na zona Sul, região nobre da cidade, tenta se firmar após um começo difícil. Apesar do clima otimista devido à melhora do movimento nos últimos quatro meses, os comerciantes acreditam que levarão ao menos três anos para recuperar o investimento inicial -prazo antes estimado em um ano.
De acordo com a síndica do mercado, Patrícia Cury, a crise econômica trouxe prejuízos aos primeiros comerciantes. "A expectativa era melhor, mas o movimento foi muito baixo no começo do ano e muita gente fechou", disse. Desde maio, a síndica afirma que o local recuperou o fôlego e que a previsão de novas obras ao redor tem animado os comerciantes.
"Tem muito prédio sendo construído e, como a área está em crescimento, teremos uma nova demanda. Abrimos com 40 espaços e hoje, dos 131 boxes, cerca de 90 estão ocupados. Acredito que no primeiro semestre de 2010 não haja mais espaço vago. Muita gente que se mantém aqui desde o começo hoje está ampliando", disse.
O Emporium do Queijo é um dos estabelecimentos inaugurados há um ano e que adquiriu mais um box. "O público demorou a vir porque no começo havia muito local vazio. Além disso, leva um tempo para o pessoal criar hábito. Hoje tenho público fiel, pessoas que eu conheço por nome e, por isso, resolvi ampliar e trazer novos produtos", disse.
A família de Ana Maria Correa de Almeida também apostou no novo empreendimento desde o início e alugou mais um espaço. "Eu comprei o box ainda na planta. Meu cunhado e minha sogra têm tabacaria aqui, já estão com duas lojas. Meu irmão alugou depois e tem um empório. Nós abrimos outra unidade, com vinhos e frios", afirmou a empresária do Empório e Sabor.
No segundo andar, somente um restaurante, o Chopp 118, se mantém aberto desde o começo do mercadão. Segundo o proprietário Cloeh Lunardi, foi preciso fazer mudanças no cardápio e promover eventos para chamar o público.
"Aqui em cima [segundo andar] temos um agravante porque não é área de circulação de pessoas. Tive que rever a proposta, mudar alguns pratos, ter jantares especiais, música ao vivo. Em um domingo em que temos apresentação de chorinho, por exemplo, chega a vir 200 pessoas", afirmou.
A dona de casa Aparecida Martins, 50, aproveitou a tarde de sábado para conhecer o local. Ela achou o local sofisticado. "Tem muita variedade de produtos e é tudo muito bonito, bem diferente do que tem na minha cidade. Achei prático também ter estacionamento."
A partir de sexta, em comemoração ao primeiro aniversário, o Mercadão terá três dias com programação especial.


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