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Gasparini não crê na saída da Agrishow
Prefeito diz que não recebeu nada oficial sobre a mudança da feira para São Carlos e mantém negociação
DA FOLHA RIBEIRÃO
O prefeito de Ribeirão Preto,
Welson Gasparini (PSDB), disse ontem que não acredita na
transferência da Agrishow
(Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) para
São Carlos a partir de 2011 como anunciou na semana passada Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), realizadora da feira agrícola.
Segundo Gasparini, em nenhum momento a Abimaq interrompeu as negociações com
a prefeitura para ampliação do
evento em Ribeirão, que este
ano chegou ao 15º ano com
R$ 800 milhões em negócios.
"Até agora, tudo o que a Abimaq nos solicitou, nós fizemos.
E eu não recebi nada oficialmente, por isso eu não acredito
que a Agrishow vá sair de Ribeirão Preto", afirmou o prefeito.
Até as 17h de ontem, Gasparini
tentava contato com a diretoria
da Abimaq para tratar do assunto. Em outubro, a prefeitura anunciou o projeto "cidade
da energia" para tentar manter
a feira agrícola na cidade.
O projeto, análogo ao apresentado pela Prefeitura de São
Carlos, reuniria num único espaço um novo parque de exposições, para a realização do
evento, mas também seria voltado ao desenvolvimento de
pesquisas em bioenergia.
Ontem à tarde, a prefeita
eleita de Ribeirão, Dárcy Vera
(DEM), também disse à imprensa que tentava contato
com a diretoria da Abimaq. Segundo ela, o prefeito foi questionado sobre a permanência
da Agrishow durante o processo de transição de governo.
"Ele nos disse que estava tudo certo com a Agrishow. Eu
não poderia passar por cima do
Gasparini, que é o prefeito da
cidade, para ir falar com a Abimaq porque seria antiético",
disse a prefeita eleita. Segundo
ela, o governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), será contatado hoje para que a feira seja
mantida na cidade.
Embora dependa da iniciativa privada, a Agrishow será
transferida para São Carlos, segundo o presidente da Abimaq,
porque a cidade conseguiu, antes de Ribeirão, oferecer uma
área de 240 hectares da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a implantação do projeto "cidade da
bioenergia", que vai reunir em
uma área espaço para a realização de eventos, além de centros
de pesquisas na área.
Para tanto, o governo federal
se comprometeu a investir
R$ 50 milhões, a Abimaq,
R$ 25 milhões, e a Prefeitura de
São Carlos outros R$ 5 milhões.
Segundo Marcos Spínola de
Castro, secretário de Planejamento e Gestão Pública de Ribeirão, a implantação de um
projeto semelhante na cidade
custaria R$ 25 milhões.
"Nós já temos tudo aqui, boa
rede hoteleira, sistema viário.
Só precisaríamos fazer a infra-estrutura [redes de água e esgoto] e construir dois viadutos",
disse Spínola.
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