Ribeirão Preto, Terça-feira, 25 de Novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Gasparini não crê na saída da Agrishow

Prefeito diz que não recebeu nada oficial sobre a mudança da feira para São Carlos e mantém negociação

DA FOLHA RIBEIRÃO

O prefeito de Ribeirão Preto, Welson Gasparini (PSDB), disse ontem que não acredita na transferência da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) para São Carlos a partir de 2011 como anunciou na semana passada Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), realizadora da feira agrícola.
Segundo Gasparini, em nenhum momento a Abimaq interrompeu as negociações com a prefeitura para ampliação do evento em Ribeirão, que este ano chegou ao 15º ano com R$ 800 milhões em negócios.
"Até agora, tudo o que a Abimaq nos solicitou, nós fizemos. E eu não recebi nada oficialmente, por isso eu não acredito que a Agrishow vá sair de Ribeirão Preto", afirmou o prefeito. Até as 17h de ontem, Gasparini tentava contato com a diretoria da Abimaq para tratar do assunto. Em outubro, a prefeitura anunciou o projeto "cidade da energia" para tentar manter a feira agrícola na cidade.
O projeto, análogo ao apresentado pela Prefeitura de São Carlos, reuniria num único espaço um novo parque de exposições, para a realização do evento, mas também seria voltado ao desenvolvimento de pesquisas em bioenergia.
Ontem à tarde, a prefeita eleita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), também disse à imprensa que tentava contato com a diretoria da Abimaq. Segundo ela, o prefeito foi questionado sobre a permanência da Agrishow durante o processo de transição de governo.
"Ele nos disse que estava tudo certo com a Agrishow. Eu não poderia passar por cima do Gasparini, que é o prefeito da cidade, para ir falar com a Abimaq porque seria antiético", disse a prefeita eleita. Segundo ela, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), será contatado hoje para que a feira seja mantida na cidade.
Embora dependa da iniciativa privada, a Agrishow será transferida para São Carlos, segundo o presidente da Abimaq, porque a cidade conseguiu, antes de Ribeirão, oferecer uma área de 240 hectares da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a implantação do projeto "cidade da bioenergia", que vai reunir em uma área espaço para a realização de eventos, além de centros de pesquisas na área.
Para tanto, o governo federal se comprometeu a investir R$ 50 milhões, a Abimaq, R$ 25 milhões, e a Prefeitura de São Carlos outros R$ 5 milhões. Segundo Marcos Spínola de Castro, secretário de Planejamento e Gestão Pública de Ribeirão, a implantação de um projeto semelhante na cidade custaria R$ 25 milhões.
"Nós já temos tudo aqui, boa rede hoteleira, sistema viário. Só precisaríamos fazer a infra-estrutura [redes de água e esgoto] e construir dois viadutos", disse Spínola.


Texto Anterior: Empreiteiras e bancos foram principais doadores da prefeita eleita e de Gasparini
Próximo Texto: Legislativo: Câmara vota a doação de terreno da Mater para o Estado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.