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Jovens da cidade dizem se sentir seguros, mas criticam a falta de opções de lazer
DA FOLHA RIBEIRÃO
A classificação de São Carlos
como cidade com menores índices de insegurança é aprovada por jovens ouvidos pela Folha. A maioria afirma que se
sente segura na cidade, embora quase todos conheçam histórias de parentes ou amigos
que já se viram envolvidos em
situações de violência.
Para um grupo de skatistas
que faziam manobras na pista
existente no bairro Santa Felícia, ontem, o maior problema
na cidade é a falta de opções de
lazer. "Sobre a segurança não
tenho do que reclamar, mas
faltam mais espaços para a
gente", disse o estudante Felipe Pedrella, 16. A opinião é
compartilhada por Jonas Wilson Junior Fernandes, 19.
"Precisava até de mais pistas
[de skate] como essa, porque
tem gente que precisa vir de
longe até aqui", afirmou.
Mas mesmo entre o grupo
existem casos concretos de
violência. No último sábado, o
estudante Aldério Aparecido
da Conceição, 24, foi cercado
por outros quatro jovens que o
espancaram e levaram o seu
skate. "Pela fisionomia e pelo
porte, dava para perceber que
eram todos moleques."
Já as universitárias Priscila
Salles Ramuski, 24, e Gabriela
Bittencourt, 21, ambas estudantes do curso de terapia
ocupacional da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), disseram que sentem segurança no dia a dia.
As duas nasceram em São
Paulo e se mudaram para São
Carlos para estudar. "Para nós,
que viemos de São Paulo, a diferença é muito clara. Aqui a
gente sai à noite e volta às 4h
da madrugada sem medo", disse Gabriela
O capitão Samir Antônio
Gardini, comandante da 1ª
Companhia da Polícia Militar,
disse avaliar que o resultado
do estudo realmente reflete a
atual situação de São Carlos.
Segundo ele, a atuação conjunta da polícia com a prefeitura colaborou para que os jovens se envolvessem menos
com a criminalidade.
"É claro que isso ainda existe, mas em proporções bem
menores que antes", afirmou.
Gardini disse que o perfil de
polo tecnológico e educacional
da cidade também colabora
para que haja inserção dos
adolescentes em projetos educacionais e de qualificação, o
que, diz, reduz a propensão ao
ambiente violento.
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