Ribeirão Preto, Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009

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Jovens da cidade dizem se sentir seguros, mas criticam a falta de opções de lazer

DA FOLHA RIBEIRÃO

A classificação de São Carlos como cidade com menores índices de insegurança é aprovada por jovens ouvidos pela Folha. A maioria afirma que se sente segura na cidade, embora quase todos conheçam histórias de parentes ou amigos que já se viram envolvidos em situações de violência.
Para um grupo de skatistas que faziam manobras na pista existente no bairro Santa Felícia, ontem, o maior problema na cidade é a falta de opções de lazer. "Sobre a segurança não tenho do que reclamar, mas faltam mais espaços para a gente", disse o estudante Felipe Pedrella, 16. A opinião é compartilhada por Jonas Wilson Junior Fernandes, 19. "Precisava até de mais pistas [de skate] como essa, porque tem gente que precisa vir de longe até aqui", afirmou.
Mas mesmo entre o grupo existem casos concretos de violência. No último sábado, o estudante Aldério Aparecido da Conceição, 24, foi cercado por outros quatro jovens que o espancaram e levaram o seu skate. "Pela fisionomia e pelo porte, dava para perceber que eram todos moleques."
Já as universitárias Priscila Salles Ramuski, 24, e Gabriela Bittencourt, 21, ambas estudantes do curso de terapia ocupacional da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), disseram que sentem segurança no dia a dia.
As duas nasceram em São Paulo e se mudaram para São Carlos para estudar. "Para nós, que viemos de São Paulo, a diferença é muito clara. Aqui a gente sai à noite e volta às 4h da madrugada sem medo", disse Gabriela
O capitão Samir Antônio Gardini, comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar, disse avaliar que o resultado do estudo realmente reflete a atual situação de São Carlos.
Segundo ele, a atuação conjunta da polícia com a prefeitura colaborou para que os jovens se envolvessem menos com a criminalidade.
"É claro que isso ainda existe, mas em proporções bem menores que antes", afirmou. Gardini disse que o perfil de polo tecnológico e educacional da cidade também colabora para que haja inserção dos adolescentes em projetos educacionais e de qualificação, o que, diz, reduz a propensão ao ambiente violento.


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