Ribeirão Preto, Sábado, 26 de Fevereiro de 2011

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Pacientes reclamam que não há tratamento no Norte

DE RIBEIRÃO PRETO

Há quatro meses, a encarregada de departamento pessoal Nice Aparecida Moreira, 30, descobriu que estava com câncer no colo do útero.
O diagnóstico foi feito em Ji-Paraná (RO), mas o tratamento acontece há 30 dias no Hospital de Câncer de Barretos, a 2.399 quilômetros de distância da cidade natal.
"Procurei atendimento em Rondônia, mas não tinha. Então fui encaminhada para Barretos. Não está sendo nada fácil ficar longe da minha família. Estou sofrendo muito com essa distância."
Mãe de três filhos -de 12, 4 e 3 anos-, Nice conta com a ajuda da mãe para enfrentar o tratamento, que deve durar até o final de abril.
"Espero que até lá Rondônia já tenha esse modelo do hospital daqui e farei meus exames lá mesmo."
O aposentado Olegário Pereira Machado, 57, é de Vista Alegre do Abumã (RO) e está há seis meses em Barretos fazendo tratamento de câncer na garganta. Ele só descobriu a doença depois de gastar cerca de R$ 5.000 para fazer os exames.
"Ainda mais importante que ter um hospital desse [em RO], é ter um centro de diagnóstico. Se eu dependesse do tratamento oferecido lá [no seu Estado] com certeza eu já teria morrido."
Nesse tempo, Machado fez 28 sessões de radioterapia e está ansioso para receber alta, prevista para daqui uma semana. "Não vejo a hora de voltar para a minha casa."
O aposentado José Brasil da Silva, 68, de Ji-Paraná, também trata de um câncer na garganta, há três meses, em Barretos. Para ele, a possibilidade de se tratar em seu Estado seria um passo na evolução da saúde pública de Rondônia.


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