Ribeirão Preto, Sábado, 26 de Fevereiro de 2011

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Pediatras se desligam do plano de saúde São Francisco Clínicas

Sindicato afirma que o descredenciamento ocorre porque o aumento foi insatisfatório

DE RIBEIRÃO PRETO

Os 26 médicos pediatras que atendem pelo plano de saúde São Francisco Clínicas oficializaram ontem o descredenciamento do convênio. Antes de abandonar o atendimento, os profissionais devem cumprir dois meses de carência.
Segundo o Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo), o descredenciamento ocorreu como uma resposta dos médicos, que queriam aumento do valor repassado pela empresa para as consultas.
A São Francisco Clínicas, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou ontem ter recebido com "surpresa" a decisão dos pediatras.
Segundo o médico Marco Aurélio de Almeida, presidente regional do Simesp, os pediatras iniciaram um movimento de negociação há cerca de seis meses, mas o processo não surtiu o resultado esperado pela categoria.
De acordo com ele, 22 dos 26 médicos atuantes no convênio assinaram o documento para o descredenciamento. Ele disse que, pelo Código de Ética Médica, todos têm de aderir à ação da maioria.
Os médicos do plano reivindicavam, segundo o sindicalista, condições próximas às de outras entidades: R$ 54 por consulta a crianças de até quatro anos, R$ 68 pelos "procedimentos" (retornos antes de 30 dias, por exemplo) e R$ 44 por atendimentos a crianças com mais de quatro anos.
Ele disse que o plano só ofereceu elevar de R$ 35,40 para R$ 44 o repasse por consulta a bebês de até 12 meses, sem remuneração de procedimentos. "Os pediatras acharam um absurdo".

OUTRO LADO
De acordo com nota da assessoria da São Francisco Clínicas, a "negociação envolve uma pequena parte dos pediatras credenciados" e o plano de saúde "possui inúmeras unidades próprias para garantir assim a regularidade no atendimento".
"A São Francisco continua à disposição para negociar com o Simesp e chegar a uma solução", diz ainda a nota.


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