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Pediatras se desligam do plano de saúde
São Francisco Clínicas
Sindicato afirma que o descredenciamento ocorre porque o aumento foi insatisfatório
DE RIBEIRÃO PRETO
Os 26 médicos pediatras
que atendem pelo plano de
saúde São Francisco Clínicas
oficializaram ontem o descredenciamento do convênio. Antes de abandonar o
atendimento, os profissionais devem cumprir dois meses de carência.
Segundo o Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado
de São Paulo), o descredenciamento ocorreu como uma
resposta dos médicos, que
queriam aumento do valor
repassado pela empresa para
as consultas.
A São Francisco Clínicas,
por meio de sua assessoria de
imprensa, afirmou ontem ter
recebido com "surpresa" a
decisão dos pediatras.
Segundo o médico Marco
Aurélio de Almeida, presidente regional do Simesp, os
pediatras iniciaram um movimento de negociação há
cerca de seis meses, mas o
processo não surtiu o resultado esperado pela categoria.
De acordo com ele, 22 dos
26 médicos atuantes no convênio assinaram o documento para o descredenciamento. Ele disse que, pelo Código
de Ética Médica, todos têm
de aderir à ação da maioria.
Os médicos do plano reivindicavam, segundo o sindicalista, condições próximas às de outras entidades:
R$ 54 por consulta a crianças
de até quatro anos, R$ 68 pelos "procedimentos" (retornos antes de 30 dias, por
exemplo) e R$ 44 por atendimentos a crianças com mais
de quatro anos.
Ele disse que o plano só
ofereceu elevar de R$ 35,40
para R$ 44 o repasse por consulta a bebês de até 12 meses,
sem remuneração de procedimentos. "Os pediatras
acharam um absurdo".
OUTRO LADO
De acordo com nota da assessoria da São Francisco Clínicas, a "negociação envolve
uma pequena parte dos pediatras credenciados" e o
plano de saúde "possui inúmeras unidades próprias para garantir assim a regularidade no atendimento".
"A São Francisco continua
à disposição para negociar
com o Simesp e chegar a uma
solução", diz ainda a nota.
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