Ribeirão Preto, Sexta-feira, 26 de Março de 2010

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Greve tem adesão de 58%, diz Apeoesp

DA FOLHA RIBEIRÃO

Na terceira semana de paralisação nas escolas da rede estadual, 58% dos 4.000 professores da Diretoria de Ensino de Ribeirão Preto estão de braços cruzados, segundo estimativa da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). O Estado não divulgou um balanço.
A projeção da entidade, ainda, é que ao menos 26 escolas somente em Ribeirão estão praticamente sem aulas. São casos de unidades com 80% a 90% dos professores em greve, o que inviabiliza que seja mantido o dia letivo.
De acordo com o balanço da Apeoesp no final da tarde de ontem, estavam sem aulas escolas como a Tomas Alberto Whatelly e Dom Romeu Alberti. Ontem, professores de mais unidades decidiram aderir ao movimento e suspender as aulas. É o caso, por exemplo, das escolas dom Alberto José Gonçalves, Rafael de Leme Franco, Vicente Teodoro de Souza e Hélio Lourenço de Oliveira.
Levantamento feito pela Folha em 38 escolas no final da última semana apontou que a greve atingia total ou parcialmente 48,6% das unidades em Ribeirão e Franca. Quatro escolas estavam sem aulas e 14 mantinham adesão parcial à greve. Em Franca, em algumas unidades, a recomendação era manter os estudantes na escola mesmo na ausência de alguns professores. Nesses casos, a turma permanece no pátio ou assiste a um filme.
A continuidade ou interrupção da greve deve ser votada hoje à tarde, em assembleia, em São Paulo. De acordo com o diretor estadual da Apeoesp Mauro da Silva Inácio, dois ônibus da entidade devem transportar professores de Ribeirão e região até o manifesto.
A dirigente de ensino de Ribeirão, Gertrudes Ferreira, disse que só poderia comentar ontem sobre o Idesp e que não estava autorizada a falar da greve.
Em nota, a secretaria diz lamentar a continuidade "de um movimento esvaziado, inimigo da educação" e que "causa transtornos no trânsito de São Paulo", em referência aos protestos. "O movimento, de explícito caráter político", diz ainda a nota, "obteve apenas a adesão de uma pequena minoria da categoria, que quer destruir os programas implantados pelo governo do Estado."


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