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Greve tem adesão de 58%, diz Apeoesp
DA FOLHA RIBEIRÃO
Na terceira semana de paralisação nas escolas da rede estadual, 58% dos 4.000 professores da Diretoria de Ensino de
Ribeirão Preto estão de braços
cruzados, segundo estimativa
da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do
Estado de São Paulo). O Estado
não divulgou um balanço.
A projeção da entidade, ainda, é que ao menos 26 escolas
somente em Ribeirão estão
praticamente sem aulas. São
casos de unidades com 80% a
90% dos professores em greve,
o que inviabiliza que seja mantido o dia letivo.
De acordo com o balanço da
Apeoesp no final da tarde de
ontem, estavam sem aulas escolas como a Tomas Alberto
Whatelly e Dom Romeu Alberti. Ontem, professores de mais
unidades decidiram aderir ao
movimento e suspender as aulas. É o caso, por exemplo, das
escolas dom Alberto José Gonçalves, Rafael de Leme Franco,
Vicente Teodoro de Souza e
Hélio Lourenço de Oliveira.
Levantamento feito pela Folha em 38 escolas no final da última semana apontou que a
greve atingia total ou parcialmente 48,6% das unidades em
Ribeirão e Franca. Quatro escolas estavam sem aulas e 14
mantinham adesão parcial à
greve. Em Franca, em algumas
unidades, a recomendação era
manter os estudantes na escola
mesmo na ausência de alguns
professores. Nesses casos, a
turma permanece no pátio ou
assiste a um filme.
A continuidade ou interrupção da greve deve ser votada
hoje à tarde, em assembleia, em
São Paulo. De acordo com o diretor estadual da Apeoesp
Mauro da Silva Inácio, dois ônibus da entidade devem transportar professores de Ribeirão
e região até o manifesto.
A dirigente de ensino de Ribeirão, Gertrudes Ferreira, disse que só poderia comentar ontem sobre o Idesp e que não estava autorizada a falar da greve.
Em nota, a secretaria diz lamentar a continuidade "de um
movimento esvaziado, inimigo
da educação" e que "causa
transtornos no trânsito de São
Paulo", em referência aos protestos. "O movimento, de explícito caráter político", diz ainda
a nota, "obteve apenas a adesão
de uma pequena minoria da categoria, que quer destruir os
programas implantados pelo
governo do Estado."
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