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Tratamento do lixo melhora, mas há vetos
Aterros de Cravinhos, Serrana e Barrinha são reprovados em levantamento anual da Cetesb; dois já foram interditados
64% dos municípios da região evoluíram na nota, a maioria por ter passado a mandar o lixo para aterros particulares vizinhos
Edson Silva/Folha Imagem
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Lixo é jogado em vala no aterro de Barrinha, uma das cidades da região que melhorou o tratamento do seu lixo, mas aidna está na lista das consideradas inadequadas
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Cetesb (Companhia de
Tecnologia de Saneamento
Ambiental) melhorou a nota
de 56 das 87 cidades da região
de Ribeirão Preto em relação
ao tratamento de lixo doméstico, um percentual de 64%. É o
que aponta o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2008, que será divulgado oficialmente hoje, em São
Paulo.
Apesar da melhora em relação a 2007, três aterros da região ainda estão na lista dos
considerados inadequados:
Barrinha, Cravinhos e Serrana,
que receberam notas menores
que 6.
Pela classificação da Cetesb,
cidades abaixo de 6 têm tratamento inadequado dos resíduos. Entre 6,1 e 8, a condição é
considerada controlada e, de
8,1 a 10, adequada.
Ribeirão Preto, que agora
manda o lixo para um aterro
particular em Guatapará, ficou
com nota 9,4.
Franca e São Carlos também
tiveram seus aterros aprovados. Já Araraquara ficou entre
os de situação controlada.
Em 2007, 22 cidades haviam
tirado nota menor que 6 e ficaram em situação inadequada, o
que correspondia a 25,2% do
total.
Chama atenção no levantamento de 2008 o fato de que 12
cidades que mandam seu lixo
para os aterros privados de
Guatapará e Jardinópolis receberem nota 10. A empresa Leão
Leão, de Ribeirão, é a proprietária dos dois locais.
Algumas das cidades que ficaram com nota 10 neste ano,
como Cajuru, Sertãozinho e
Monte Alto, haviam tido avaliações péssimas no ano passado.
"Começamos a mandar o lixo
para lá [Guatapará] e aí já passamos a tirar 10", disse o secretário do Meio Ambiente de
Monte Alto, João Inforçatti, referindo-se às visitas de rotina
que os técnicos da Cetesb fazem aos aterros.
Com base nas notas dessas
visitas técnicas, a Cetesb emite
uma média para cada cidade.
Em Sertãozinho, aconteceu
exatamente a mesma coisa. A
cidade, que passou a levar o lixo
para Guatapará em março de
2008, tirou nota 2,8 em 2007 e
10 no ano passado.
Cravinhos e Serrana, duas
das cidades que receberam notas baixas neste ano, tiveram os
aterros interditados pela Cetesb e, neste ano, passaram a
enviar o lixo doméstico também para o aterro particular
em Guatapará.
"Aqui funcionava um lixão.
Iniciamos um processo de recuperação do local, mas o lixo
está sendo enviado para Guatapará", afirmou Flávia Buischi
Olaia, diretora do Meio Ambiente de Serrana, que ficou
com nota 3,4, a pior da região
-no anterior, a nota fora 6,2.
"É que em 2007 a última gestão
chegou a cobrir o lixo, depois
nem isso", disse Flávia.
Para fazer a avaliação dos
municípios, a Cetesb leva em
conta fatores como solo, impermeabilidade, lençol freático e
tratamento de chorume (resíduo líquido presente nos
aterros).
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