Ribeirão Preto, Segunda-feira, 26 de Junho de 2000


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Delegados sugerem trabalho como solução

DA FOLHA RIBEIRÃO

Os diretores de unidades prisionais da região são unânimes. Mais vagas e trabalho para os presos são as soluções para a crise carcerária em todo o país.
Para o diretor da cadeia de Barretos, Antônio Augusto Miranda, 40, o ideal seria "privatizar" o setor. "Precisamos da participação de empresas que tragam a estrutura e dêem a chance para que os presos trabalhem nas cadeias e penitenciárias", disse ele.
Segundo Miranda, seria uma chance do empresário ter lucro e do preso ocupar o tempo. O diretor da cadeia de Ibitinga, Carlos Alberto Ocon de Oliveira, 35, concorda que o incentivo ao trabalho é fundamental.
"Aqui em Ibitinga os detentos fazem trabalhos manuais que são vendidos pelas suas famílias", afirmou. De acordo com ele, ocupar o tempo do preso é tão importante quanto construir mais cadeias ou presídios.
O diretor-geral da Cadeia 2 de Ribeirão, Marcelo Velludo Garcia de Lima, 39, também acha que ocupar o tempo é a grande saída para evitar motins e rebeliões.
"Enquanto trabalham, eles tendem a não pensar em coisas erradas. Temos idéia de implantar algum serviço no futuro", disse ele.
Outra alternativa pode ser estudar. "Temos o ensino básico e estamos abrindo 14 salas de aula onde os presos poderão concluir o segundo grau", disse o diretor-geral da penitenciária de Araraquara, Leandro Pereira, 43.
Na unidade, 625 dos 823 presos ainda trabalham na produção de móveis e em uma alfaiataria.


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