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Delegados sugerem
trabalho como solução
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os diretores de unidades prisionais da região são unânimes. Mais
vagas e trabalho para os presos
são as soluções para a crise carcerária em todo o país.
Para o diretor da cadeia de Barretos, Antônio Augusto Miranda,
40, o ideal seria "privatizar" o setor. "Precisamos da participação
de empresas que tragam a estrutura e dêem a chance para que os
presos trabalhem nas cadeias e
penitenciárias", disse ele.
Segundo Miranda, seria uma
chance do empresário ter lucro e
do preso ocupar o tempo. O diretor da cadeia de Ibitinga, Carlos
Alberto Ocon de Oliveira, 35, concorda que o incentivo ao trabalho
é fundamental.
"Aqui em Ibitinga os detentos
fazem trabalhos manuais que são
vendidos pelas suas famílias",
afirmou. De acordo com ele, ocupar o tempo do preso é tão importante quanto construir mais cadeias ou presídios.
O diretor-geral da Cadeia 2 de
Ribeirão, Marcelo Velludo Garcia
de Lima, 39, também acha que
ocupar o tempo é a grande saída
para evitar motins e rebeliões.
"Enquanto trabalham, eles tendem a não pensar em coisas erradas. Temos idéia de implantar algum serviço no futuro", disse ele.
Outra alternativa pode ser estudar. "Temos o ensino básico e estamos abrindo 14 salas de aula onde os presos poderão concluir o
segundo grau", disse o diretor-geral da penitenciária de Araraquara, Leandro Pereira, 43.
Na unidade, 625 dos 823 presos
ainda trabalham na produção de
móveis e em uma alfaiataria.
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