DA FOLHA RIBEIRÃO

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, o DRS (Departamento Regional de Saúde) e o HC (Hospital das Clínicas) criaram um plano para dar início à unificação dos sistemas de regulação médica do município e do Estado. É por meio deles que são feitas as internações de pacientes em casos de urgência e emergência.
O objetivo da unificação é otimizar a utilização dos leitos nos hospitais, já que hoje o DRS e a Secretaria da Saúde "disputam" as vagas de internação disponibilizadas para pacientes de Ribeirão e região.
"Hoje, pega o leito quem chegar primeiro com um caso urgente. Se houver unificação, a comunicação entre o Estado e a Secretaria da Saúde vai melhorar e nós vamos internar primeiro os casos mais graves", disse a secretária da Saúde de Ribeirão, Carla Palhares.
A primeira ação do plano deve acontecer em um mês, quando as UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde) irão usar protocolos de avaliação de risco para determinar se o paciente precisa ou não ser encaminhado a um hospital.
Os protocolos foram desenvolvidos a partir de uma pesquisa coordenada pelo ex-secretário da Saúde José Sebastião dos Santos, médico e professor da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP.
A pesquisa, financiada pela fundação Waldemar Bransley Pessoa, é a mesma que apontou a baixa resolutividade do atendimento prestado pela atenção básica em Ribeirão, conforme revelou a Folha em novembro do ano passado. Naquele estudo, foram analisadas 3.756 guias de referência encaminhadas dos postos de saúde para a central de regulação médica da prefeitura. Os pesquisadores descobriram que em 31,1% dos casos os documentos não podiam ser usados por não informarem sequer a queixa do paciente.
Atualmente, segundo Santos, somente 34% de todos os pacientes atendidos na Unidade de Emergência do HC ficam internados. O índice ideal seria de cerca de 70%.


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