Ribeirão Preto, Domingo, 26 de Setembro de 2010

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Emprego faz Araraquara subir e São Caetano cair

Município do interior chega ao topo do IFDM

HÉLIA ARAUJO
ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA

ALADIM LOPES GONÇALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cidade com o maior IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) do país em 2007, Araraquara avançou três posições em relação a 2006 -era a quarta- movida pela expansão do emprego.
Maior empregadora local, a Lupo, fabricante de meias, recrutou 610 em 2007, como Juliana Cristina Corvello, 21, contratada em maio como ajudante de produção.
"Foi meu primeiro emprego. Posso dizer que aquele ano mudou completamente a minha vida. Passei de estudante para profissional. Um ano depois, fui promovida."
Já Rosa Aparecida Cassatte, 36, foi admitida em março daquele ano, seis meses depois de ficar desempregada. "Tenho três filhos pequenos e os crio sozinha. Não sei o que seria da minha família se estivesse desempregada."
Segundo o gerente de recursos humanos, Carlos Alberto Gonçalves, no final de 2007, 3.040 trabalhavam na fábrica em Araraquara -hoje, são 4.410 funcionários.

EXPANSÃO DAS VAGAS
Dados do Ministério do Trabalho apontam expansão de 59% em dez anos no mercado formal de emprego, que passou de 41.361 postos de trabalho, em 2000, para 66.035 no ano passado.
"Os números mostram um avanço importante e também uma responsabilidade muito grande para o governo, que precisa continuar promovendo esse progresso", afirmou o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB).

SÃO CAETANO
Na 13ª posição em 2007, São Caetano do Sul perdeu o primeiro lugar obtido no ano anterior justamente em razão da piora no emprego e renda -esse indicador específico teve um recuo de 14,1%.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Relações de Trabalho, Celso Amâncio, nos últimos dois anos, a situação é outra.
Ele destaca investimentos de empresas como General Motors, que abriu vagas para 2.000 trabalhadores, e Casas Bahia -outros 3.000. "Na próxima pesquisa estaremos de volta ao topo", acredita.
Otimismo difícil de explicar a Fábio Bernardes Vianna, 38, que trabalhava como porteiro e zelador de prédio.
Há três meses, procura trabalho, sem sucesso, mesmo tendo ensino médio completo, curso de portaria e carta de recomendação. "Pago aluguel. Ainda bem que a minha mulher ajuda", afirma.


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