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Gago desde os 8, técnico diz haver preconceito
DA FOLHA RIBEIRÃO
O técnico em informática Osmar de Paula, 39, gago desde os
8, disse ter sentido desde cedo
os efeitos do problema do qual
não se curou até hoje. "Tinha
dificuldade, me afastava."
Quando tentou os primeiros
empregos, disse ter descoberto
o preconceito que existe contra
os gagos. "Na hora da entrevista, eu sempre reprovava", afirmou ele, que, apesar de não ter
se curado totalmente, disse que
sua gagueira já foi bem mais severa do que hoje.
"Aprendi que um jeito de melhorar era não "esquentar" muito com isso. Hoje, já não me
preocupo muito mais", afirmou
ele, que é sócio de uma empresa
de informática.
O técnico em informática
afirmou que já ficou até depressivo por causa da gagueira. "Fiquei uns quatro anos sem tratar
e essa foi uma época ruim."
A fonoaudióloga que trata do
caso dele, Eliana Menezes, disse que a gagueira realmente é
difícil de ser curada. Existem,
no entanto, casos mais graves
que outros.
De acordo com ela, a gagueira
sempre se manifesta na infância. No caso de Osmar, ele disse
não se lembrar exatamente como foi a manifestação, mas a família conta uma história de
que, quando tinha sete anos, foi
atropelado. Depois disso, a gagueira se manifestou.
A professora de fonoaudiologia da Unaerp Beatriz Ferrioli
afirmou que é comum que a gagueira seja desencadeada por
traumas. Porém, ela disse sempre haver uma predisposição
desde o nascimento, que pode
ser manifestada, ou não, em razão do ambiente.
De acordo com a professora
universitária, existe a gagueira
natural em crianças de até cinco anos, mas se ela durar mais
de seis meses, a mãe tem de
procurar atendimento médico.
É o sintoma de que a pessoa
tem a predisposição.
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