ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A crise econômica mundial derrubou a movimentação financeira de investidores de Ribeirão Preto na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Na cidade, nove corretoras financeiras são autorizadas a operar oficialmente.
Segundo Leandro Moreno, diretor da TBC Investimentos, com uma carteira de cerca de 2.000 investidores individuais, a queda no volume de investimentos acompanhou a queda geral da bolsa neste período de crise, média de 50% de tempos normais.
"É esperado neste período de turbulência uma queda. Quem já é cliente, não fica a vontade de investir mais e quem está de fora, tem um certo temor de entrar", disse.
A queda foi sentida também na procura de novos clientes pelo serviço. Segundo Tabajara Pimenta, professor de finanças da FEA-RP (Faculdade de Economia e Administração) da USP, o medo do momento turbulento do mercado financeiro fala mais alto do que o baixo preço de determinados papéis.
"O brasileiro não está acostumado com bolsa. Então, automaticamente, ele se afasta do investimento num momento como esse", disse.
Para quem não sentiu os efeitos da crise, a dica é não ter medo de investir. "Algumas ações caíram 60% ou 80% nos últimos seis meses. Se for uma empresa sólida, é possível colher frutos em médio prazo", disse Régis Chinchila, analista financeiro da TBC. De acordo com ele, a previsão é de uma recuperação de até 30% já no meio de 2009. "A possibilidade de ganho dentro de um prazo de oito meses é real para quem entrar agora."
Sem uma associação dos corretores, não há dados do volume total de investimento privado em ações na cidade. Ontem, a Bovespa fechou em alta de 1,83%.


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