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Casamento cresce e divórcio cai na região
De acordo com dados divulgados ontem pelo IBGE, o total de matrimônios foi 2,58% maior em 2008 ante o ano anterior
Em Ribeirão, casamentos caíram 2,71%; já o volume de divórcios e separações judiciais recuou 3,32% no total das dez cidades
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O total de casamentos ocorridos em 2008 nas dez maiores
cidades da região de Ribeirão
Preto cresceu 2,58% na comparação com o ano anterior, enquanto o total de divórcios e separações judiciais recuou
3,32% no período. Os dados são
das Estatísticas do Registro Civil 2008, divulgadas ontem pelo IBGE.
Nas dez maiores cidades da
região, foram realizados 11.712
casamentos no ano passado,
295 matrimônios a mais que os
11.417 ocorridos em 2007.
Já o total de divórcios e separações judiciais foi de 4.887, ante 5.055 em 2007 -recuo de
3,32%. Maior cidade da região,
Ribeirão Preto registrou o
maior número de casamentos
em 2008, mas o total é 2,71%
menor que no ano anterior.
Por sua vez, Jaboticabal teve
um boom de casamentos no
ano passado, registrando uma
alta de 57,8% no total de matrimônios na comparação com
2007 (leia texto nesta página).
A tendência de aumento no
número de casamentos na região é reforçada pela alta que já
havia sido registrada no período anterior, entre 2006 e 2007,
quando os matrimônios cresceram 4,38%.
"Nunca houve uma exclusão
do casamento nos objetivos das
pessoas. A diferença é que hoje
estão se configurando novas
formas de casamento", afirmou
a psicóloga Marilene Krom,
doutora em psicologia clínica e
especialista no tema.
Como exemplo, ela citou o fato de casais estarem se unindo
cada vez mais tarde, seja por
priorização da carreira profissional ou mesmo por questões
sociais. "Muitos jovens não têm
condições de casar cedo e saem
da casa dos pais mais tarde. O
casamento é influenciado por
uma série de fatores."
A tese de Krom é confirmada
pelo estudo do IBGE, cujos números mostram que cresceu no
país o percentual de casais que
estão se unindo após os 30 anos
de idade. No Brasil, o total de
casamentos também cresceu
em 2008 -alta de 4,5% ante o
ano anterior.
O advogado Alberto Villaça
Azevedo, professor titular da
USP e diretor da Faculdade de
Direito da Faap, disse que apesar da alta no total de casamentos, também é crescente o número de casais que se unem só
por contrato de união estável
registrado em cartório.
Os dados do IBGE também
revelam que as dez maiores cidades da região totalizaram
24.733 nascimentos em 2008.
O total é 1,85% maior que o número de crianças nascidas no
ano anterior.
O estudo mostra ainda que
há cidades na região onde quase 5% das crianças nascidas não
foram registradas. A pior situação é a do município de Igarapava, onde, dos 425 nascidos
em 2008, apenas 95,72% foram
devidamente registrados.
A diretora do Departamento
de Promoção Social de Igarapava, Adriana Viana Pimenta, disse que o fato de a cidade receber
muitos migrantes durante o período da safra da cana-de-açúcar colabora para que ainda
existam esses casos de crianças
sem registro.
Apesar do pior desempenho
na região, Igarapava ainda tem
o número acima da média nacional, que foi de 90,42% das
crianças registradas. Entre as
89 cidades da região, só 17 registraram em cartório 100%
das crianças nascidas. Em Ribeirão, esse índice é de 96,68%.
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