Ribeirão Preto, Sábado, 27 de Agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Polícia procura suspeito de mortes na Oscar Freire

Delegacia de Sertãozinho aguardava rendição de acusado, o que ainda não tinha ocorrido às 20h30

Mãe de Lucas Rosseti, que afirmou acreditar na inocência do filho, pedia ontem a rendição do suspeito à polícia

DA ENVIADA ESPECIAL A SERTÃOZINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção), de São Paulo, aguardavam ontem à noite, em Sertãozinho, a rendição de Lucas Cintra Zanetti Rosseti, 21, suspeito de assassinar o analista de sistemas Eugênio Bozola, 52, e o modelo Murilo Rezende da Silva, 21.
O crime ocorreu na madrugada da última terça, na rua Oscar Freire, área nobre de SP.
À Folha, a mãe do suspeito, Andrea Zanetti, afirmou que o último contato com o filho foi por telefone antes do crime. Ela e o irmão do suspeito, Alex Zanetti, compareceram à DIG (Delegacia de Investigações Gerais) para prestar depoimento. Até as 20h30, eles ainda não haviam saído da delegacia.
"Ele não é uma pessoa violenta, não deve ter feito isso. Se fez, foi para se defender. Peço que ele se entregue", disse a mãe.
De acordo com a polícia, usando o carro de uma das vítimas, Rosseti voltou para a casa de sua madrasta, na região de Franca, na manhã seguinte ao crime. Conhecidos dele divulgaram, em redes sociais, que a madrasta de Rosseti fez curativos nele.

DEFESA DO JOVEM
O advogado Leonardo Meira disse que foi procurado pela família do suspeito e que durante a manhã de ontem estava negociando a apresentação dele na delegacia.
Entretanto, como Rosseti não aceitou falar com ele, Meira não assumiu o caso.
Por conta disso, o advogado acredita que o rapaz tenha desistido de se entregar, embora a expectativa era que o rapaz comparecesse à delegacia ainda de madrugada.
A Folha questionou se Rosseti tinha outro advogado constituído, mas a polícia informou à noite que não.
A equipe do delegado Mauro Dias suspeita de que ele esteja escondido na região.
A investigação apontou que Rosseti colocou remédios de tarja preta nas bebidas de Bozola e de Rezende antes de matá-los. O objetivo era deixá-los indefesos, já que os dois eram mais fortes do que ele, dizem os policiais.
A motivação do crime, ainda segundo a polícia, foi um desentendimento entre Rosseti e Bozola, dono do apartamento onde o jovem se hospedava havia uma semana.
De acordo com o delegado, Bozola e Rosseti se conheceram em Igarapava e o acusado deixou o tênis e as facas usados no crime no apartamento da Oscar Freire.
Nas paredes, havia inscrições como CV, ZO e viado, feitas com o sangue das vítimas.
Em uma conta no Twitter com seu nome, há mensagens com conteúdo homofóbico e com apologia à violência, como "eu não sou gay, sou um espião!" e "acordei com vontade de cometer um crime, o de pena mais longa!", no dia 14 de julho. (ELIDA OLIVEIRA E GABRIELA YAMADA)


Texto Anterior: Cemitério veta presença de estudantes
Próximo Texto: Foco: Dona de casa recupera cachorros levados em camionete furtada
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.