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POLÍTICA
Wagner Rossi contesta o relatório do TCU sobre a Conab
DA FOLHA RIBEIRÃO
O ex-deputado federal e
presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Wagner Rossi,
contestou o relatório do TCU
(Tribunal de Contas da
União) no qual foram apontadas irregularidades que incluem a suspeita de desperdício de R$ 1,12 bilhão.
Entretanto, Rossi admitiu
que promoverá mudanças na
Conab com base nas recomendações do relatório, que
incluirão garantias nos contratos de armazenagem que
protejam a União de perdas.
"Estamos estudando como
fazer isso porque temos de
ter cautela para não onerarmos o setor e correr risco de
o dono do armazém se recusar a estocar alimentos."
À Folha, Rossi disse que,
por causa das especificidades da Conab e pelo fato de o
TCU não ter feito antes uma
auditoria no órgão, houve
uma "visão equivocada".
Como exemplo, citou os
R$ 45 milhões apontados pelo TCU em recursos que a
União poderia deixar de gastar por ano caso se parasse
de pagar aluguel de armazéns privados e se utilizasse
os que são públicos e ociosos.
"Os regulamentos dos
contratos [entre a Conab e
os produtores] garantem o
direito de o produtor depositar no armazém que ele quiser, desde que ele esteja credenciado por nós. O que eles
estão fazendo é absolutamente legal. Houve boa intenção [do TCU], mas desconhecimento da especificidade da coisa", disse.
A divulgação do relatório
no início do mês fez com que
Fernando Chiarelli (PDT),
deputado federal de Ribeirão, onde Rossi também reside, pedisse na tribuna da
Câmara a exoneração do
presidente da Conab.
Chiarelli disse que Rossi
era "completamente incompetente" e "corrupto". Rossi
é um antigo desafeto de
Chiarelli. Anteontem, o presidente da Conab disse que o
problema do deputado é
"psiquiátrico" e que ele é um
"maluco do mal."
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