da Folha Ribeirão

A queda no nível de emprego é considerada um dos principais fatores para o abandono dos convênios particulares de saúde.
Enquanto está trabalhando, o funcionário paga a menor parte do convênio, enquanto a empresa entra com a maior fatia do custo. Um mês depois de ser dispensado, o funcionário perde o direito ao plano e, sem outro emprego, passa a depender da rede pública.
No final do ano passado, o índice de demitidos em Ribeirão bateu o recorde dos últimos três anos. Em 96, foram homologadas 2.662 demissões, contra 3.226 em 97.
Até outubro do ano passado, foram 3.422 dispensas homologadas na Delegacia Regional do Trabalho. Nessas homologações não estão contadas as demissões registradas nos sindicatos.
Em 98, dos 9.604 desempregados cadastrados no Sine (Sistema Nacional de Empregos) até setembro, apenas 10,7% foram recolocadas no mercado de trabalho.

Cargos de chefia
Para o assessor do Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP, Antônio Vicente Golfeto, alguns dos setores que mais demitiram eram ocupados pela classe média.
"Os cargos de chefia, que foram os primeiros a serem cortados no serviço público, eram ocupados por essa camada social", disse.
Para Golfeto, a desocupação de imóveis foi outro fator importante. "Um imóvel de aluguel sempre ajudou a completar a renda das famílias de classe média", afirmou.



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