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HC perde verba para investimentos em 2010
Principal unidade hospitalar da região terá R$ 5 milhões para investir, mas precisaria de pelo menos R$ 14 milhões no ano
Em 2009, hospital teve
R$ 6 milhões para investir, mas projetos que foram considerados importantes não saíram do papel
Márcia Ribeiro/Folha Imagem
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Pacientes aguardam atendimento em ambulatório de otorrinolaringologia e ginecologia do HC de Ribeirão Preto, ontem
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os recursos para investimentos em reformas, obras e equipamentos no HC (Hospital das
Clínicas) de Ribeirão Preto caíram 16,67% para 2010, valor tido pela unidade, vinculada à
USP (Universidade de São Paulo), como insuficiente para suas
necessidades.
No total, a previsão de receita
caiu de R$ 6 milhões para R$ 5
milhões. Segundo o superintendente do hospital, Milton
Laprega, as prioridades no HC
somam R$ 14 milhões. Como
metade do recurso para investimentos é direcionada para a
compra de equipamentos, restam, portanto, só R$ 2,5 milhões para investimentos em
adequações físicas. Isso fará
com que obras sejam "divididas" entre os orçamentos deste
ano e de 2011.
O total previsto pelo Estado
para repasse ao HC chega a R$
286,5 milhões, alta de 3% na
comparação com os R$ 277,3
milhões de 2009.
O valor destinado a obras em
2010 é quase o mesmo de três
anos atrás. No ano passado, o
valor foi superior em R$ 1 milhão por ter sido incrementado
com emendas parlamentares.
O recurso extra, no entanto,
não foi usado para investimentos: no final do ano foi direcionado para custeio, área onde os
recursos repassados pelo Estado não foram suficientes para
fechar as contas do hospital, o
principal da região.
Com a demanda por obras
maior do que a oferta de verbas,
Laprega disse que é preciso remanejar prazos e obras de acordo com a necessidade.
No ano passado, por exemplo, a prevista ampliação do saturado estacionamento não foi
levada adiante. O valor inicial
-R$ 600 mil- subiu para R$ 3
milhões depois de o projeto
executivo da obra ser concluído. Como a obra consumiria
mais do que o disponível para
ser investido em adequações físicas, foi deixada de lado.
Para este ano, segundo Laprega, a prioridade é a montagem de um banco de tecidos,
que consumirá R$ 500 mil. A
outra obra de urgência, de acordo com ele, é a instalação de um
novo sistema de ar-condicionado no centro cirúrgico.
O atual sistema foi montado
no final dos anos 70 e está defasado. Com previsão de custo de
R$ 5 milhões, a obra deve ser
tocada em duas etapas. "Vamos
começar com os recursos deste
ano e terminar com os recursos
do ano que vem", afirmou.
A saída para contornar os recursos limitados para investimentos é buscá-los em outras
fontes. Para 2010, o HC foi indicado para receber R$ 6 milhões
por meio de emenda parlamentar federal para a compra de
aparelhos de raio-X.
A necessidade de obras, no
entanto, não tem atrapalhado
os serviços prestados pelo hospital, segundo Laprega, que cita
a alta no número de leitos entre
2004 e 2008 -26 vagas.
Pela assessoria de imprensa,
a Secretaria de Estado da Saúde
disse que os recursos são alocados segundo os projetos enviados pelos hospitais. Essa dotação, porém, é inicial, e pode sofrer aditamentos (aumentos)
ao longo do ano, de acordo com
as necessidades das unidades.
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