Ribeirão Preto, Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2010

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HC perde verba para investimentos em 2010

Principal unidade hospitalar da região terá R$ 5 milhões para investir, mas precisaria de pelo menos R$ 14 milhões no ano

Em 2009, hospital teve R$ 6 milhões para investir, mas projetos que foram considerados importantes não saíram do papel

Márcia Ribeiro/Folha Imagem
Pacientes aguardam atendimento em ambulatório de otorrinolaringologia e ginecologia do HC de Ribeirão Preto, ontem

JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os recursos para investimentos em reformas, obras e equipamentos no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto caíram 16,67% para 2010, valor tido pela unidade, vinculada à USP (Universidade de São Paulo), como insuficiente para suas necessidades.
No total, a previsão de receita caiu de R$ 6 milhões para R$ 5 milhões. Segundo o superintendente do hospital, Milton Laprega, as prioridades no HC somam R$ 14 milhões. Como metade do recurso para investimentos é direcionada para a compra de equipamentos, restam, portanto, só R$ 2,5 milhões para investimentos em adequações físicas. Isso fará com que obras sejam "divididas" entre os orçamentos deste ano e de 2011.
O total previsto pelo Estado para repasse ao HC chega a R$ 286,5 milhões, alta de 3% na comparação com os R$ 277,3 milhões de 2009.
O valor destinado a obras em 2010 é quase o mesmo de três anos atrás. No ano passado, o valor foi superior em R$ 1 milhão por ter sido incrementado com emendas parlamentares. O recurso extra, no entanto, não foi usado para investimentos: no final do ano foi direcionado para custeio, área onde os recursos repassados pelo Estado não foram suficientes para fechar as contas do hospital, o principal da região.
Com a demanda por obras maior do que a oferta de verbas, Laprega disse que é preciso remanejar prazos e obras de acordo com a necessidade.
No ano passado, por exemplo, a prevista ampliação do saturado estacionamento não foi levada adiante. O valor inicial -R$ 600 mil- subiu para R$ 3 milhões depois de o projeto executivo da obra ser concluído. Como a obra consumiria mais do que o disponível para ser investido em adequações físicas, foi deixada de lado.
Para este ano, segundo Laprega, a prioridade é a montagem de um banco de tecidos, que consumirá R$ 500 mil. A outra obra de urgência, de acordo com ele, é a instalação de um novo sistema de ar-condicionado no centro cirúrgico.
O atual sistema foi montado no final dos anos 70 e está defasado. Com previsão de custo de R$ 5 milhões, a obra deve ser tocada em duas etapas. "Vamos começar com os recursos deste ano e terminar com os recursos do ano que vem", afirmou.
A saída para contornar os recursos limitados para investimentos é buscá-los em outras fontes. Para 2010, o HC foi indicado para receber R$ 6 milhões por meio de emenda parlamentar federal para a compra de aparelhos de raio-X.
A necessidade de obras, no entanto, não tem atrapalhado os serviços prestados pelo hospital, segundo Laprega, que cita a alta no número de leitos entre 2004 e 2008 -26 vagas.
Pela assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde disse que os recursos são alocados segundo os projetos enviados pelos hospitais. Essa dotação, porém, é inicial, e pode sofrer aditamentos (aumentos) ao longo do ano, de acordo com as necessidades das unidades.


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