Ribeirão Preto, Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2010

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Álcool cai outra vez e é vendido a R$ 1,59

Apesar de dois aumentos seguidos nas usinas, preço do litro do etanol baixa em postos de Ribeirão

DA FOLHA RIBEIRÃO

Após atingir R$ 1,89 nas bombas no último dia 12, o maior preço desde março de 2006, o litro do álcool voltou a cair ontem e chegou a R$ 1,59 em postos de combustíveis de Ribeirão. O motivo é a redução no consumo registrada após o combustível deixar de ser vantajoso em relação à gasolina.
O recuo do preço nos postos vai na contramão do valor cobrado nas usinas de São Paulo. Números do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) nas últimas duas semanas mostram que o litro do álcool que sai das usinas continua subindo -custava R$ 1,1892 em 15 de janeiro e passou para R$ 1,2055 no dia 22, sem impostos.
Para o presidente regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), Oswaldo Manaia, como o combustível segue com preço mais alto nas usinas, é pouco provável que os postos conseguirão manter o litro a R$ 1,59 por muito tempo.
"É uma briga entre as distribuidoras que gerou esse preço predatório. Como pode vender a R$ 1,59 se estamos pagando R$ 1,56 de custo?", questionou o representante dos postos.
Em um dos postos que ontem vendiam o álcool a R$ 1,59, na avenida Francisco Junqueira, o argumento sobre a queda de preços era semelhante.
"O motivo disso [queda] é a guerra de preços. Na verdade nós estamos vendendo praticamente pelo preço de custo", afirmou o gerente do posto Presidente, Arthur Rodrigues.
Segundo ele, a venda de álcool havia caído com o preço mais alto, mas a procura voltou a subir com o recuo no valor.
A oscilação no preço do álcool está ligada principalmente ao baixo estoque do produto no período da entressafra, causado pelo excesso de chuvas, que atrapalhou a produção.
Números atualizados da safra 2009/10, divulgados na última terça-feira pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), mostram que a moagem de cana atingiu 527 milhões de toneladas até 15 de janeiro no centro-sul do país.
A entidade afirma que o montante é "muito inferior" ao planejado no início da safra e que, em condições normais, a moagem poderia ter alcançado 580 milhões de toneladas no período. (LEANDRO MARTINS)


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