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Álcool cai outra vez e é vendido a R$ 1,59
Apesar de dois aumentos seguidos nas usinas, preço do litro do etanol baixa em postos de Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Após atingir R$ 1,89 nas
bombas no último dia 12, o
maior preço desde março de
2006, o litro do álcool voltou a
cair ontem e chegou a R$ 1,59
em postos de combustíveis de
Ribeirão. O motivo é a redução
no consumo registrada após o
combustível deixar de ser vantajoso em relação à gasolina.
O recuo do preço nos postos
vai na contramão do valor cobrado nas usinas de São Paulo.
Números do Cepea (Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada) nas últimas duas
semanas mostram que o litro
do álcool que sai das usinas
continua subindo -custava R$
1,1892 em 15 de janeiro e passou para R$ 1,2055 no dia 22,
sem impostos.
Para o presidente regional do
Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados
de Petróleo do Estado de São
Paulo), Oswaldo Manaia, como
o combustível segue com preço
mais alto nas usinas, é pouco
provável que os postos conseguirão manter o litro a R$ 1,59
por muito tempo.
"É uma briga entre as distribuidoras que gerou esse preço
predatório. Como pode vender
a R$ 1,59 se estamos pagando
R$ 1,56 de custo?", questionou
o representante dos postos.
Em um dos postos que ontem vendiam o álcool a R$ 1,59,
na avenida Francisco Junqueira, o argumento sobre a queda
de preços era semelhante.
"O motivo disso [queda] é a
guerra de preços. Na verdade
nós estamos vendendo praticamente pelo preço de custo",
afirmou o gerente do posto Presidente, Arthur Rodrigues.
Segundo ele, a venda de álcool havia caído com o preço
mais alto, mas a procura voltou
a subir com o recuo no valor.
A oscilação no preço do álcool está ligada principalmente
ao baixo estoque do produto no
período da entressafra, causado pelo excesso de chuvas, que
atrapalhou a produção.
Números atualizados da safra 2009/10, divulgados na última terça-feira pela Unica
(União da Indústria da Cana-de-Açúcar), mostram que a
moagem de cana atingiu 527
milhões de toneladas até 15 de
janeiro no centro-sul do país.
A entidade afirma que o
montante é "muito inferior" ao
planejado no início da safra e
que, em condições normais, a
moagem poderia ter alcançado
580 milhões de toneladas no
período.
(LEANDRO MARTINS)
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