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Orlândia aparece em sétimo no ranking estadual
Edson Silva/Folha Imagem
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Motos da frota de Orlândia, a 7ª maior por habitante do Estado
ROBERTO MADUREIRA
ENVIADO ESPECIAL A ORLÂNDIA
Com 37.422 habitantes, segundo atualização do IBGE,
Orlândia, na região de Ribeirão
Preto, aparece na sétima colocação no ranking, com 1,71 habitantes por veículo. São 21.882
no total, sendo 11.387 carros e
4.261 motos. O restante se divide entre caminhões, camionetes, ônibus e microônibus.
O dado faz do município local
de bons negócios para revendedores de carros, mas faz da profissão de taxista em atividade
de paciência e pouco rentável.
Em uma roda na principal
praça do centro da cidade, às
16h20 de ontem, três taxistas,
dois de 70 e um de 72 anos,
aguardam o que, para dois deles, seria a segunda corrida do
dia. O motivo do pouco movimento: o número excessivo de
carros em circulação.
"Fui o que mais andei hoje.
Fiz duas corridas de R$ 8. Em
Orlândia, para ser taxista, tem
que ter outro emprego", disse
Antônio Gazoni, 72, que ainda
trabalha como caminhoneiro.
Para os revendedores de veículos, a cidade é considerada
"eldorado". Com cerca de 30 lojas ativas, Orlândia ficou conhecida por receber quase todos os compradores de cidades
vizinhas como Morro Agudo,
Nuporanga e Sales Oliveira.
"Até de cidades maiores, como Franca, aparece gente aqui
atrás de bons negócios", disse o
gerente de uma revendedora
Ricardo Alves, 36. Na loja onde
trabalha, a média de venda é de
um carro por dia.
Para os motoristas, estar entre os primeiros no ranking significa mais cobrança da população com a prefeitura em relação à engenharia de trânsito.
"Acho, por exemplo, que já deveria existir semáforos aqui",
opinou o comerciante Paulo
César Ferreira, 56.
Segundo o coordenador de
trânsito da cidade, Paulo Sérgio
Mazoni, a experiência com semáforos foi feita em outra gestão. "Desliguei todos há quatro
anos", disse.
Orlândia tem um orçamento
de cerca de R$ 360 mil para o
trânsito, que se paga, segundo a
prefeitura, com arrecadações
de multa e estacionamento.
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