Ribeirão Preto, Quarta-feira, 29 de Outubro de 2008

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Delegados de 8 Estados vão parar em apoio a greve

DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Delegados de ao menos oito Estados do país prometem paralisar as atividades por duas horas hoje em apoio ao movimento grevista de São Paulo, que já dura 43 dias, e para reivindicar uma pauta da categoria. Em outros Estados, a idéia é realizar um ato simbólico, com os policiais usando fitas pretas ou com as cores da bandeira paulista (preta e vermelha).
Além de apoiar o movimento grevista em São Paulo, os delegados reivindicam a aprovação de uma emenda constitucional, de autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que prevê que o menor salário de um delegado não pode ser inferior ao de um promotor.
Em São Paulo, por exemplo, o salário inicial de um delegado é de R$ 4.275,18 (capital) e o de um promotor, R$ 18 mil.
No Rio de Janeiro, todos os policiais civis vão parar das 14h às 16h para votar se irão entrar em greve, como parte de uma estratégia para unificar o movimento dos dois Estados.
Em Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Bahia e Pernambuco, os delegados devem cruzar os braços no mesmo período. A idéia, assim como ocorre em São Paulo desde o início da greve, é atender só os casos considerados graves, como homicídios e seqüestros.
Já no Maranhão, o presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia), Marcos Afonso Júnior, diz que os delegados vão paralisar as atividades por 24 horas, a partir das 8h. "Aqui ainda há problemas como a perseguição política de delegados e a falta deles."
No interior de São Paulo, policiais civis planejam uma concentração em Bauru, uma reunião de policiais em Marília e um fechamento simbólico de delegacias em Botucatu.
As federações dos policiais civis das regiões Centro-Oeste e Norte, Nordeste e Sul e Sudeste, que planejavam uma paralisação das atividades dos policiais por 24 horas hoje, adiaram a manifestação para 17 de novembro, das 8h às 12h.
Segundo Divinato Ferreira, presidente da federação dos policiais civis das regiões Centro-Oeste e Norte, uma das razões para o adiamento é uma reunião que ocorre hoje entre lideranças da categoria no Ministério da Justiça.
CÍNTIA ACAYABA, CRISTINA MORENO DE CASTRO e LUÍS KAWAGUTTI



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