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Delegados de 8 Estados vão parar em apoio a greve
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Delegados de ao menos oito
Estados do país prometem paralisar as atividades por duas
horas hoje em apoio ao movimento grevista de São Paulo,
que já dura 43 dias, e para reivindicar uma pauta da categoria. Em outros Estados, a idéia é
realizar um ato simbólico, com
os policiais usando fitas pretas
ou com as cores da bandeira
paulista (preta e vermelha).
Além de apoiar o movimento
grevista em São Paulo, os delegados reivindicam a aprovação
de uma emenda constitucional,
de autoria do deputado federal
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP),
que prevê que o menor salário
de um delegado não pode ser
inferior ao de um promotor.
Em São Paulo, por exemplo,
o salário inicial de um delegado
é de R$ 4.275,18 (capital) e o de
um promotor, R$ 18 mil.
No Rio de Janeiro, todos os
policiais civis vão parar das 14h
às 16h para votar se irão entrar
em greve, como parte de uma
estratégia para unificar o movimento dos dois Estados.
Em Minas Gerais, Mato
Grosso, Rio Grande do Norte,
Santa Catarina, Bahia e Pernambuco, os delegados devem
cruzar os braços no mesmo período. A idéia, assim como
ocorre em São Paulo desde o
início da greve, é atender só os
casos considerados graves, como homicídios e seqüestros.
Já no Maranhão, o presidente da Adepol (Associação dos
Delegados de Polícia), Marcos
Afonso Júnior, diz que os delegados vão paralisar as atividades por 24 horas, a partir das
8h. "Aqui ainda há problemas
como a perseguição política de
delegados e a falta deles."
No interior de São Paulo, policiais civis planejam uma concentração em Bauru, uma reunião de policiais em Marília e
um fechamento simbólico de
delegacias em Botucatu.
As federações dos policiais
civis das regiões Centro-Oeste
e Norte, Nordeste e Sul e Sudeste, que planejavam uma paralisação das atividades dos policiais por 24 horas hoje, adiaram a manifestação para 17 de
novembro, das 8h às 12h.
Segundo Divinato Ferreira,
presidente da federação dos
policiais civis das regiões Centro-Oeste e Norte, uma das razões para o adiamento é uma
reunião que ocorre hoje entre
lideranças da categoria no Ministério da Justiça.
CÍNTIA ACAYABA, CRISTINA MORENO DE CASTRO e LUÍS KAWAGUTTI
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