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Corregedoria quer nome de policial que agrediu motoboy
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu ontem
uma apuração preliminar para
descobrir o nome do policial do
Garra que agrediu um motoboy
durante manifestação da categoria na tarde de anteontem.
O motoboy Jairo Ribeiro dos
Santos, 22, foi agredido no rosto por um dos manifestantes
porque tentou passar com a
moto, empurrando-a, próximo
aos policiais quem faziam caminhada pelo centro da capital.
A agressão foi registrada pela
Folha e causou indignação até
no secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, que
pediu explicações ao delegado-geral, Maurício Freire. Também foram pedidas explicações
sobre a agressão a uma equipe
da TV Globo. A agressão aos
funcionários da emissora ocorreu durante o protesto. Um cinegrafista foi chutado e toda a
equipe foi obrigada a deixar o
local. Os manifestantes disseram que ela não registrava o
número real de integrantes da
passeata, acima dos 5.000.
A Delegacia Geral informou
Marzagão sobre a abertura da
apuração preliminar (1.196/
08). O secretário não quis fazer
comentários sobre assunto
porque pode, no final de um
eventual processo contra algum policial, ter que manifestar-se sobre a decisão.
A Corregedoria já investiga a
ação de policiais civis no último
dia 16, num confronto com policiais militares próximo ao Palácio dos Bandeirantes. Cerca
de 30 pessoas foram feridas. Na
semana passada, a Corregedoria informou que tentava identificar primeiro as vítimas. Informou também ter solicitado a
lista de todos os policiais civis
que estavam de serviço naquele
dia, entre eles os do GOE e do
Garra. Parte desses policiais
abandonou seus postos e engrossou a briga com os PMs.
Ontem, o corregedor-geral
Alberto Angerami não informou se conseguiu avançar em
algo.
(ROGÉRIO PAGNAN)
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