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Foco
Simulação de acidente com avião no Leite Lopes mobiliza 120 pessoas
RAQUEL ILIANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RIBEIRÃO
Seis pessoas mortas, 16 feridos graves e 20 feridos leves. Esse foi o saldo de um acidente aéreo simulado ontem
no Aeroporto Leite Lopes, em
Ribeirão Preto, que mobilizou 120 pessoas, entre vítimas e equipe de socorro.
Além dos estudantes de enfermagem da USP, que fizeram o papel das vítimas, trabalharam no treinamento
funcionários do aeroporto,
equipes do Samu, da Guarda
Civil Municipal, o helicóptero
Águia da Polícia Militar e soldados do Corpo de Bombeiros. A ação, que foi considerada um sucesso, durou cerca
de uma hora.
"Não tem tempo limite. O
importante é atender todos o
melhor e o mais rápido possível. Tudo aconteceu dentro
do planejado e estamos preparados para situações de
emergência como essa", afirmou Álvaro Cardoso Júnior,
gerente regional do Daesp
(Departamento Aeroviário
do Estado de São Paulo).
A simulação teve o apoio de
12 guardas-civis. "Como o
muro daqui é baixo e tem um
monte de favela em volta, a
população fica curiosa e corre-se o risco de alguém pular
o muro para ver o que aconteceu. Por isso, a Guarda Municipal e o Águia da PM estão
aqui para garantir o bom andamento do atendimento",
disse o chefe operacional da
Guarda, Josué Elias Silva.
O bombeiro Antônio Carlos Zanolin, 27, afirmou que é
importante esse tipo de treinamento. "Aqui [na simulação] a gente pode cometer algum erro. Na hora do acidente real, não podemos."
O diretor clínico do Samu
Marcelo Dinardi disse que em
situações, com várias vítimas,
podem ocorrer falhas na hora
de avaliar os feridos.
A aeronave utilizada na simulação pertence à USP de
São Carlos e é usada no curso
de Engenharia Aeronáutica.
Durante o treinamento, o
Aeroporto Leite Lopes funcionou normalmente.
Há quatro anos, houve um
acidente de fato durante uma
simulação semelhante no aeroporto de Ribeirão: um caminhão dos bombeiros capotou, causando a morte de uma
pessoa e provocando ferimentos em outras duas.
O pior acidente no Leite
Lopes ocorreu em abril de
1999, quando um Learjet pegou fogo na aterrissagem, explodiu e causou cinco mortes.
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