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Deixei a prefeitura equilibrada, diz Sidnei
Prefeito de Franca é o único nas 4 maiores cidades que seguirá no cargo para a próxima gestão, o que lhe dá um recorde
Tucano diz que um dos seus maiores méritos foi reorganizar a prefeitura e equilibrar o Orçamento, além de listar 256 obras
MARCELO TOLEDO
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA
O prefeito de Franca, Sidnei
Franco da Rocha (PSDB), iniciará em 1º de janeiro o seu terceiro mandato, que, se concluído, o transformará em recordista de tempo à frente da administração. Nos quatro anos
de seu segundo mandato, disse
ter conseguido reduzir a dívida
e obtido avanços. Leia, a seguir,
a entrevista do prefeito.
FOLHA - O que o senhor destaca no
seu atual governo?
SIDNEI ROCHA - Foram melhores
do que eu esperava. A situação
era muito difícil. Não tinha como pagar os fornecedores. A
desestruturação da prefeitura
era muito grande, a desmotivação dos servidores era absurda.
O quadro era meio assustador.
Houve muito trabalho, a prefeitura operava com R$ 15 milhões de déficit por ano e tinha
dívida de mais de R$ 100 milhões. Equilibramos o Orçamento e, no segundo ano, já
conseguimos operar com R$ 15
milhões de superávit, que chegou a R$ 30 milhões agora.
FOLHA - Quais foram as principais
realizações?
SIDNEI - Pagamento de dívidas,
combate frontal às voçorocas,
recapeamento, construção de
17 creches, os parques, o avanço
na educação, com projetos novos e a construção de cem novas salas de aula. O apoio ao esporte também foi importante,
porque Franca disputava os Jogos Regionais e ficava sempre
em oitavo lugar e agora somos
tri-vice. Na saúde, ampliamos e
melhoramos todas as dependências de unidades de saúde.
Fizemos 256 obras, no total.
FOLHA - Que diferença prevê agora
no cenário econômico mundial em
relação a 2005?
SIDNEI - A economia do país estabilizou mais. O governo federal tomou providência importante, que foi o controle da inflação, o que ajuda a planejar
melhor.
FOLHA - A crise preocupa?
SIDNEI - Franca não sentiu ainda. Estamos escutando falar
muito. Tive contato com lideranças empresariais e de trabalhadores que disseram estar
aguardando.
FOLHA - A arrecadação das prefeituras pode cair?
SIDNEI - Sim, preocupa. Vamos
aguardar para ver se faremos
cortes ou não. Há até quem diga
que o segundo semestre de
2009 será excepcional para calçados.
FOLHA - Franca sempre aparece
nos indicadores sociais com desempenho ruim, e o Orçamento é baixo
em comparação com cidades do
mesmo porte...
SIDNEI - Os índices aparecem
baixos porque é uma região pobre. Se tem Orçamento baixo,
tem que fazer o que fazemos,
gastar com muita cautela. Os
índices sociais não são baixos,
alguns são. Você não pode destacar que os índices são baixos
numa cidade sem favela.
FOLHA - O que o senhor não conseguiu fazer?
SIDNEI - Fizemos tudo, mais do
que esperávamos.
FOLHA - A Câmara é aliada?
SIDNEI - A Câmara de Franca
trabalha em favor daquilo que é
bom para a população. Algumas vezes ela rejeitou projetos
meus, até importantes e justos.
A Câmara ajudou muito porque
não criou obstáculos, ela foi
parceira, fez aquilo que deve fazer uma Câmara.
FOLHA - O senhor é um adversário
histórico do PT, mas tem enfrentado
forte oposição na Câmara da vereadora Graciela Ambrósio (PP), que é
da sua base. Como vê essa oposição?
SIDNEI - Vejo com naturalidade,
não acho que é por ser da base
aliada que ela tem que votar
minhas coisas. Se ela preferir se
aliar ao PT é problema dela.
FOLHA - Em 31 de dezembro de
2012, quando terminar o próximo
mandato, o senhor poderá completar 12 anos no poder...
SIDNEI - Talvez eu use a frase do
presidente Lula "nunca antes
nessa cidade"... Mas não me
preocupo com isso, vejo com
naturalidade.
FOLHA - Como Sidnei Rocha herdará a prefeitura de Sidnei Rocha?
Qual a dívida da cidade?
SIDNEI - A dívida que existe está
toda negociada com o governo
federal. Fornecedores estão todos pagos.
FOLHA - O primeiro ano de muitas
prefeituras é marcado normalmente pelo imobilismo. Como será com
o senhor, que não assumirá e sim
continuará?
SIDNEI - Em janeiro devo abrir
duas licitações, no total de R$
10 milhões. Uma na região do
Galo Branco, do plano viário, e
a construção de um novo pronto-socorro.
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