Ribeirão Preto, Sábado, 30 de Outubro de 2010

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Fim de ano já faz o preço da cerveja subir até 10%

Alta está ligada ao crescimento na demanda pelo produto neste período

A elevação no preço da carne de boi, em torno de 30%, vai deixar mais caro o tradicional churrasco de fim de ano

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Faltando pouco menos de dois meses para o Natal, o preço da cerveja já subiu por causa da alta demanda esperada para o período de fim de ano. Segundo estabelecimentos de Ribeirão ouvidos pela Folha, em alguns casos o aumento é de até 10%.
E se o consumidor quiser aproveitar a bebida gelada como acompanhamento para um churrasco neste feriado prolongado, deve preparar ainda mais o bolso.
A carne de boi está até 30% mais cara e pode aumentar ainda mais. Enquanto no caso da cerveja a alta é impulsionada pelo crescimento da demanda, a carne tem seu valor pressionado pela queda na oferta em razão da seca.
A preparação dos estoques para o crescimento nas venda de cerveja no fim de ano também já tem causado, segundo lojistas, dificuldades de entrega do produto.
Segundo o comprador do Mialich Supermercados, Tiago do Nascimento, responsável pelo estoque de bebidas das unidades da rede, desde a semana passada há "rupturas" na distribuição de cervejas da Ambev, que fabrica as marcas mais consumidas.
Segundo ele, a redução nas entregas atinge principalmente as garrafas, o que faz aumentar também a demanda por latas. Em razão disso, diz, o preço da cerveja de garrafa já subiu, em média, de 5% a 7%.
Tradicional ponto de venda de cerveja no atacado em Ribeirão, a Amarelinho Fast Festas não registrou desabastecimento.
Segundo o dono do estabelecimento, Walter Nunes, apenas na última semana houve atraso porque muitos compradores fizeram grandes pedidos antes da alta de preços do fim de ano.
"Mas eu desconheço qualquer informação de que a Ambev tenha deixado de entregar cerveja", disse.
A "virada" no preço da cerveja para o fim de ano, porém, já foi registrada e repassada por Nunes. As marcas mais vendidas -Brahma e Skol- subiram cerca de 10% no estabelecimento: de R$ 51 a caixa com 24 garrafas de 600 ml para R$ 56.
A empresa vende apenas no atacado, principalmente para festas, a uma média de 4.000 caixas por mês. Para o fim do ano, diz Nunes, a meta é aumentar 50%, atingindo 6.000 caixas por mês.
Procurada, a Ambev disse, por meio de sua assessoria, que não poderia se pronunciar porque está em "período de silêncio" imposto pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por causa da proximidade do período de divulgação dos resultados.


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