Ribeirão Preto, Domingo, 30 de Novembro de 2008

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Símbolo de glamour, golfe quer ser popular

São Carlos sediou a edição nº 56 do Aberto de Golfe do Brasil, a 1ª no interior de SP

Confederação enxerga na região de Ribeirão, com "alto poder aquisitivo", um grande potencial para o crescimento do esporte

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SÃO CARLOS

O esporte símbolo de glamour e apreciado pela elite quer se popularizar, mas sem deixar de lado a camisa pólo, o boné religiosamente reto e os sapatos especiais feitos sob medida.
O mais tradicional torneio de golfe do Brasil chegou à região com a missão de arrebanhar novos praticantes e afastar a idéia de que apenas os ricos, famosos, paulistanos e cariocas -que têm os melhores campos do país- podem tentar suas primeiras tacadas.
A edição 56 do Aberto de Golfe do Brasil, que terminou ontem, no Damha Golf Club, em São Carlos, foi a primeira no interior do Estado. Contou com os melhores do país e da América do Sul, além de fazer um campeonato amador paralelo.
Mais do que isso, a Confederação Brasileira de Golfe vê na região de Ribeirão, com seu "alto poder aquisitivo", um grande potencial para o esporte. Além do campo de São Carlos, Ribeirão tem o Ipê Golf Club.
"Essa região é privilegiada, pois tem dois campos abertos ao público. Em São Paulo, os campos são fechados para sócios. Além disso, é uma região rica, bonita e o golfe tem espaço para crescer. O basquete, vôlei, futebol, todos os esportes já bateram a cabeça no teto. Chegou a vez do golfe", disse Álvaro Almeida, presidente da Confederação Brasileira de Golfe.
Para ele, a chegada à região pretende atrair novos públicos, inclusive com renda mais baixa, mas sem desfazer dos tradicionais praticantes. "O objetivo é popularizar sem que o glamour seja jogado no chão."
No entanto, há quem acredite que o golfe ainda é privilégio de poucos. "O golfe ainda é, infelizmente, um esporte para a elite. Não há campos públicos. Como uma pessoa com baixo poder aquisitivo poderia pagar por um título de clube que vale mais de R$ 100 mil?", questionou o golfista Philippe Gasnier, com a autoridade de quem é o primeiro brasileiro a disputar, este ano, o US Open, um dos quatro maiores do mundo.


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