Ribeirão Preto, Domingo, 31 de Julho de 2011

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Bandeirada de táxi supera a de capitais

Preço da tarifa inicial da corrida em Ribeirão Preto é um dos mais altos entre as principais cidades brasileiras

Valor da taxa de saída em Ribeirão é de R$ 5, o que representa até o dobro do que é cobrado em alguns municípios

Silva Junior/Folhapress
Táxis em ponto na praça 15, no centro de Ribeirão Preto

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Quem pega um táxi em Ribeirão Preto paga, só para entrar no carro, mais caro do que em qualquer capital do Brasil, incluindo São Paulo, Brasília e cidades turísticas como o Rio.
Levantamento feito pela Folha indica que os R$ 5 cobrados em Ribeirão pela bandeirada (preço fixo de partida) representam até o dobro da tarifa nas capitais de cada Estado -em Boa Vista (RR), ela é R$ 2,50.
A bandeirada "gorda" encarece principalmente os percursos mais curtos.
Considerando apenas a distância, corridas de até um quilômetro podem ser mais caras em Ribeirão do que em SP, onde o preço do km é maior (veja quadro abaixo).
Mas também é possível encontrar entre as capitais tarifas por quilômetro rodado mais baratas do que em Ribeirão, onde se cobra R$ 1,90 durante o dia
Rio, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador, Florianópolis, Maceió e Brasília têm preços de bandeira 1 inferiores aos dos táxis ribeirão-pretanos.
O argumento de que no interior as distâncias percorridas são menores, o que justificaria a bandeirada mais cara, cai diante do exemplo de outras cidades paulistas, sejam maiores ou menores que Ribeirão Preto.
Campinas cobra R$ 3,60 a partida e R$ 2,20 o quilômetro na bandeira 1. Em Bauru, as mesmas tarifas são de R$ 4 e R$ 2,35.
Pedir para o taxista esperar ou perder minutos no trânsito também encarece o serviço. A hora parada em Ribeirão custa R$ 27 e as frações entram no preço.
Esse valor é inferior à tarifa de São Paulo (R$ 33), por exemplo, mas três vezes superior à de Aracaju (R$ 8).

PECULIAR
Para o Sindicato dos Condutores Autônomos de Ribeirão, os preços cobrados são justos e foram definidos pela Transerp com base em levantamentos de custos.
A Transerp diz que a política tarifária leva em consideração "particularidades" na distribuição da frota de táxis.


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