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Apesar da queda, profissão não corre risco de desaparecer
DO ENVIADO A PARANAÍBA (MS)
O número de peões e comitivas que transportam bois
pelos estradões do país vai
cair ainda mais nos próximos
anos, mas a profissão não será extinta. Essa é a previsão
de produtores rurais e peões
sul-matogrossenses.
Entre os motivos apontados para a redução na oferta
de profissionais estão o incremento do transporte por
caminhões e carretas, a entrada das lavouras de cana
no Estado e o fato de as negociações interestaduais, que
resultavam no transporte de
gado para cidades como Barretos, terem sido reduzidas
com o passar dos anos.
"Extinguir é difícil, até
porque faz parte da tradição.
Não enxergo isso a curto prazo", disse Manoel Bertoldo
Neto, presidente do Sindicato Rural de Paranaíba.
Embora tenha contribuído
para a redução no total de
peões nos estradões, curiosamente o transporte via rodovia é um fator que favorece a
não extinção da profissão,
por causa do alto custo.
Um caminhão transporta,
em média, 20 bois, e cobra
R$ 1,50 por km rodado. Levar
mil bois por 500 km custa,
portanto, R$ 37.500. Já para
contratar uma comitiva de
seis peões, o gasto ficaria em
R$ 19.500 -30 dias de marcha, com R$ 650 diários.
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