São Paulo, segunda-feira, 03 de janeiro de 2011

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ENTREVISTA CONTRA A PROGRESSÃO

"No Brasil, esse modelo serve apenas para adiar o problema" DE SÃO PAULO

Para João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto e ex-secretário-executivo do Ministério da Educação, o sistema de ciclos é usado apenas como uma forma de adiar o problema da reprovação. Leia trechos de sua entrevista:

Folha - Mesmo que as escolas públicas adotem os ciclos, as escolas particulares, que têm uma outra realidade, devem seguir esse modelo? João Batista Oliveira - O entendimento da palavra "ciclo", no Brasil, refere-se essencialmente à prática de adiar para o final de um determinado período a possibilidade de aprovar ou reprovar alunos. A ideia subjacente é que o aluno teria mais tempo e oportunidade de aprender o que precisa.
Nesse sentido, e à falta de outras características associadas aos sistemas de ciclos de outros países, eles são uma forma de adiar o problema. Sempre que se avaliaram os alunos ao final de ciclos, a quantidade de repetência era semelhante à de séries.


Qual é a solução, então?
A solução é o ensino de qualidade, com diagnóstico frequente do aluno e recuperação paralela. Mas isso só funciona em sistemas de ensino bem organizados.


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