São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2010 |
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Onda multimídia
Popularização das ferramentas digitais impulsiona crescimento dos cursos de produção multimídia
FABIANA REWALD DA REPORTAGEM LOCAL IPod no bolso, smartphone na mão, laptop na mochila e iPad na cabeça. Assim caminha hoje grande parte da humanidade. Com o objetivo de suprir esse público de conteúdo, o curso de produção multimídia está em alta entre as graduações superiores de tecnologia -mais curtas e voltadas para o mercado de trabalho que os bacharelados. Segundo cadastro do Ministério da Educação, 30 instituições de ensino superior oferecem o curso. Outras 26 aguardam autorização para lançá-lo. Uma faculdade que recebeu recentemente autorização para ter a graduação foi o Istituto Europeo di Design. Até o início de 2009, seus cursos eram considerados livres. Em outubro, foram reconhecidos pelo MEC como de graduação. Assim, design digital passou a se chamar produção multimídia para se enquadrar no catálogo nacional de cursos tecnológicos. Quem se matriculou até 2009, como Vinícius Fragoso, 21, não terá direito ao diploma quando se formar. Mas ele não liga. "Optei pelo IED pela qualidade. Nessa área não tem muita gente formada." Hoje trabalhando como freelancer em sites, quer um emprego fixo. "É um curso muito amplo. Pode formar animadores, webdesigners, programadores, profissionais de música ou artistas que trabalham com 3D." Paula Perissinoto, coordenadora do curso no IED, diz que, no início do curso, o que desperta o maior interesse dos estudantes é a área de animação. "Eles entram querendo fazer filme, animação." Criador e produtor da animação "Peixonauta", que faz sucesso na TV, Kiko Mistrorigo vê a profissionalização como algo positivo. "Vão surgir cada vez mais cursos, o que significa que o Brasil está levando a área a sério", afirma. Simone Alcantara Freitas, coordenadora do curso no Senac, afirma que o mercado está em expansão. "Setores que esboçavam tímida aproximação com as mídias interativas, como o Poder Judiciário e o sistema de educação pública, beneficiados com investimentos federais em telecomunicações, certamente abrigarão profissionais egressos de cursos como os nossos." Segundo Cristina Ragaini, que coordena a graduação na UMC, quem passa pelo curso aprende conceitos de história da arte, cores e formas que o diferenciam de profissionais sem essa formação superior. Próximo Texto: Curso tecnológico ainda é visto com preconceito Índice |
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