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"Vc" e "naum" aparecem em redações
DA REPORTAGEM LOCAL
O hábito dos adolescentes de fazer abreviações na
comunicação pela internet também preocupa as
escolas.
O professor de português do colégio Santo
Américo (zona oeste de
São Paulo), José Ruy Lozano, conta que, vez ou outra, encontra um "naum"
(abreviação de "não") ou
um "eh" (é) em trabalhos
escolares.
"Esse tipo de expressão
faz sentido nas conversas
instantâneas, onde eles [os
alunos] se comunicam
com muitos amigos ao
mesmo tempo e têm que
ser rápidos. Mas, na escrita formal, não. É um contexto diferente", afirma.
As abreviações, entretanto, estão menos frequentes nos textos do Santo Américo, depois que o
colégio decidiu intensificar a quantidade de redações pedidas aos alunos.
"A prática da escrita ajudou a reduzir isso."
Na PlayPen (zona oeste), o "internetês" também
aparece de vez em quando
nas redações, com expressões como "vc". "Quando
vejo, acho muita graça",
conta Maria Laura Mori,
professora de português
da escola, que corrige todas as versões manuscritas antes de autorizar os
alunos a passarem a limpo
o trabalho no computador.
Como uma roupa
No Sidarta, as expressões abreviadas também
costumam aparecer. "Mas,
em geral, os alunos sabem
o contexto adequado para
cada tipo de linguagem. É
como com a roupa: não se
vai à formatura de chinelo", diz Gizele Caparroz de
Almeida, professora de
língua portuguesa.
"O "vc", por exemplo, é
mais um código que a gente pode usar em 30 anos.
Antes, "você" não era "vossa mercê'?"
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