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"Senti dores, febre e meu peito inchou"

CLAUDIA EMI IZUMI
DE SÃO PAULO

A esteticista Jany Simon Ferraz, 54, passará por sua terceira cirurgia desde a ruptura da prótese da Poly Implant Prothèse, em 2009.

Ela ainda tem restos do silicone na mama direita, mesmo depois de ter o implante trocado há dois anos.

A importadora EMI, distribuidora do produto, que foi processada judicialmente pela moradora de São Gabriel (RS), pagou a cirurgia de troca. "Na época, a empresa alegou que o silicone não era prejudicial. Senti dores, febre e meu peito inchou. Sou totalmente a favor da remoção imediata do silicone."

O produto francês foi escolhido por sugestão do médico quando ela se decidiu pela mastectomia (retirada do seio exigida em casos avançados de câncer da mama). "Ele garantiu que era a melhor prótese do mercado."

A artista plástica Denise Villar Berretta, 56, que colocou a prótese PIP por estética em 2007, também foi orientada pela sua médica a usar o produto francês.

"Fiz uma pesquisa na internet e não havia nenhuma informação sobre o produto na época. Ela foi tão vítima quanto eu", diz Denise, que fez a cirurgia em Porto Alegre e hoje se consulta no Rio com outro profissional para tratar os nódulos que surgiram perto da axila esquerda, confirmados por uma ultrassonografia em 2010.

Quando o implante rompeu, não houve nenhuma alteração na aparência da mama. "Só tive dor na região e percebi os nódulos depois."

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