Mulheres participam de desfile no Instituto do Câncer de SP

	Karime Xavier/Folhapress
	Mulheres no desfile do Instituto do Câncer de São Paulo

Caminhar na passarela montada ontem no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira foi um momento especial para Nathália Azevedo, 25.

O tratamento contra um sarcoma, que já dura quase dois anos, envolveu a retirada de dois dedos e de parte do pé direito. Ela voltou a caminhar em novembro.

"Foi emocionante andar na passarela. Mesmo com todas as adversidades, é importante ter momentos como esse."

Ela foi uma das 15 pacientes que participaram de um desfile, com lenços de seda amarrados na cabeça.

Ana Paula de Jesus, 33, que perdeu os cabelos há um mês, diz que aprendeu ontem maneiras novas de usar os lenços. "Estou me adaptando." Ela conta que o marido raspou os cabelos em solidariedade. "Fica mais fácil com o apoio de uma pessoa que a gente ama. Ele disse que ia fazer isso desde o início, mas só agora vi a importância que teve. É uma prova de amor."

Para a psicóloga Elizabete Argozino Duarte, 52, o desfile foi um "fecho de ouro" para o seu tratamento contra um câncer de mama. "Diagnóstico de câncer não é atestado de óbito. Precisamos tirar o melhor dessa experiência. Quando temos essa visão, potencializamos a cura."