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Maioria faz 'troca de sexo' aos 20 ou 30 anos

DE SÃO PAULO

Desde 2008, quando a cirurgia de redesignação sexual passou a ser feita no SUS, 116 pessoas se submeteram à operação -isso até dezembro do ano passado.

Até 1997, havia um empecilho a mais: a operação era ilegal. Só naquele ano o Conselho Federal de Medicina autorizou a cirurgia, de forma experimental. Em 2002, o conselho aprovou de vez a retirada do pênis e constituição de uma vagina.

Em 2010, os transexuais masculinos também receberam autorização para retirar útero, ovários e mamas, mas ainda se considera experimental a cirurgia chamada neofaloplastia, que cria um pênis a partir de pele de outras partes do corpo.

Uma cirurgia de "troca de sexo" aos 50 ou 60 anos não é comum, dizem os especialistas. "Aos 68, é extraordinário", diz Francisco Tibor Dénnes, urologista e chefe do setor de Identidade de Gênero - Transexualismo do Hospital das Clínicas.

"Essa população transexual de 60, 70 anos esteve exposta ao vírus da Aids e diminuiu muito. É um grupo muito mais sofrido", afirma Alexandre Saadeh, do Instituto de Psiquiatria do HC.

O mais comum, segundo o psiquiatra, é a cirurgia ocorrer na faixa de 20 a 30 anos.

Denés diz que, na paciente idosa, só é preciso ter mais cuidado na cirurgia por causa do risco cardíaco.

O interessado em se submeter à operação deve ser maior de 21 anos e ter sido diagnosticado como transexual por uma equipe de psicólogos e psiquiatras.

A cirurgia é feita pelo SUS em quatro centros no Brasil: no HC, em São Paulo; no Hospital de Clínicas da UFRGS, em Porto Alegre; no Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio, e na Universidade Federal de Goiânia.

(MV)

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