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Plantão Médico

JULIO ABRAMCZYK
julio@uol.com.br

O sempre presente perigo da sífilis

Mais importante do que relembrar a vida de um astro do futebol, o filme "Heleno", lançado sexta-feira nos cinemas, é um alerta para a sífilis, uma DST (doença sexualmente transmissível).

Brilhante jogador e mulherengo das noites cariocas na década de 40, em 1950 iniciava seu declínio físico e mental após contágio pela sífilis.

Não fez o tratamento, até hoje possibilitando cura rápida, e a doença invadiu seu sistema nervoso central. Com o diagnóstico de neurossífilis, estava morto aos 39 anos.

O "Treponema pallidum", agente desencadeante da doença, foi descoberto em março de 1905. Quando surgiu a penicilina, 40 anos depois, os médicos pensavam que doença seria extinta facilmente. Apenas uma ou duas aplicações do antibiótico em doses adequadas e a disseminação da doença seria controlada.

Apesar de não haver até hoje resistência ao agente causador da doença ao tratamento, a sífilis permanece até os dias de hoje.

Têm sido assinalados no Brasil 930 mil casos novos ao ano (a doença é de notificação compulsória). Os portadores da sífilis primária, se não tratados, podem evoluir, em 25% a 40% dos casos, para a trágica neurossífilis.

Como a doença está associada ao contágio entre parceiros sexuais, a transmissão de gestantes para seus filhos também pode ocorrer, com grave risco para o bebê.

Nesses casos, a doença é facilmente detectada e a cura assegurada com cuidados pré-natais.

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