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Plantão Médico

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

Obesidade e pobreza nos EUA

Países ricos apresentam alto índice de obesos em sua população, o que sugere a associação entre poder de compra e oferta de alimentos à disposição do glutão.

Mas os pobres dos países ricos, por outros mecanismos, também engordam. É o que mostra na revista "Diabetes", da Associação Americana de Diabetes, o médico James A. Levine, da Clínica Mayo, nos Estados Unidos.

Levine observou, em 3.139 municípios americanos ("counties"), que os residentes em áreas de maior índice de pobreza apresentavam alta propensão à obesidade.

Uma das razões para o aumento de peso era a dificuldade para comprar gêneros alimentícios saudáveis e nutritivos, pelo seu custo.

Mas a relação entre fome e dificuldade de consumir comida saudável não é a única causa da relação pobreza/obesidade, afirma Levine. Ela está também associada a uma vida menos ativa e mais sedentária, que leva a gastar pouca energia corporal.

Nas áreas mais carentes, os parques e as atividades esportivas estão menos disponíveis, e a violência na vizinhança obriga a população a ficar dentro de casa. Levine conclui que o elo entre obesidade, inatividade e pobreza é altamente custoso em termos de saúde pública.

A obesidade com frequência está associada a doenças crônicas, e os "counties" com grande índice de pobreza apresentam também grande proporção de diabéticos em sua população.

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