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Efeito colateral dificulta adesão ao remédio
DE SÃO PAULO
A estatina, medicamento
mais usado no tratamento do
colesterol, causa efeitos colaterais em 5% a 10% das pessoas, segundo o cardiologista Raul Dias dos Santos Filho. "O efeito mais comum é
a dor muscular. Essas pessoas não conseguem tomar o
remédio a longo prazo."
Em estudo deste ano envolvendo mais de 2 milhões
de pessoas no Reino Unido,
pesquisadores da Universidade de Nottingham descobriram que o medicamento
também pode causar disfunção hepática, insuficiência
renal e fraqueza muscular.
Em muitos casos, a droga é
receitada para uso contínuo,
piorando os efeitos colaterais. Mesmo assim, os especialistas continuam considerando a estatina a melhor alternativa para o controle dos
níveis de colesterol.
"Todos os medicamentos
têm efeitos colaterais. A estatina é segura. Nenhum remédio e nenhum outro tratamento substitui sua ação",
diz Walmir Coutinho, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
O remédio inibe a produção de colesterol e reduz os
níveis de LDL no sangue. O
resultado é a queda de 20% a
30% nos índices totais, dependendo da dosagem da
fórmula e do tempo que a
droga é tomada.
"A estatina constitui uma
descoberta de tanto impacto
quanto a dos antibióticos.
Ambos são necessários e ambos têm efeitos indesejáveis", diz Eder Quintão, médico endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da USP.
Além do poder em combater o problema, o especialista
também quer dizer que a droga deve ser prescrita somente
quando o paciente realmente
precisa. "Esses pacientes não
estão causando sério dano à
saúde, mas ambos fármacos
têm indicações precisas",
completa.
Há também contraindicações formais. Grávidas e
crianças não podem tomar o
remédio. Segundo Coutinho,
ainda não se sabe se a estatina pode prejudicar a formação do feto.
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