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ENVELHECIMENTO
Fragilidade acomete quase metade dos idosos em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Quase metade do cerca de
1,2 milhão de pessoas com
mais de 75 anos da capital
paulista sofre da síndrome
da fragilidade em idosos. O
dado é de um estudo feito pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo. A síndrome caracteriza-se por perda de peso e de
força, fadiga, queda da velocidade de caminhada e baixa
atividade física.
A presença de um ou dois
parâmetros caracteriza a
pré-fragilidade, quando, segundo os autores, deveria haver uma intervenção. Com
mais de três, o idoso é frágil.
O estudo também aponta
que a síndrome atinge a população paulista mais precocemente em relação aos países desenvolvidos e que, depois dos 75 anos, avança com
extrema rapidez.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram 689 pessoas com mais
de 75 anos na capital paulista. O grupo foi acompanhado
a cada seis meses ao longo de
dois anos, entre 2008 e 2009.
De acordo com os dados da
pesquisa, a síndrome atingia
14,1% do grupo em 2006. Em
2008, a prevalência já era de
mais de 45%. No exterior, a
prevalência dessa síndrome
é de cerca de 7%.
Círculo vicioso
Segundo os autores, o idoso, em geral, come menos,
tem perda de paladar e perde
peso. Por isso se cansa com
mais facilidade e diminui a
atividade física, o que leva a
um menor gasto de energia.
Isso gera um círculo vicioso:
eles se alimentam menos, ficam mais em casa e se tornam vulneráveis a doenças.
A pesquisa revelou que,
entre os idosos frágeis visitados em 2008, 46,9% sofreram quedas, contra 6% dos
não-frágeis. Do grupo de idosos frágeis, 30,6% precisaram de um cuidador para
realizar tarefas como comer,
tomar banho ou levantar-se
de uma cadeira.
Uma nova pesquisa deve
investigar causas da fragilidade a partir dos 60 anos.
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