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PLANTÃO MÉDICO
Celular e infecção hospitalar
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Todos possuem telefone
celular, todos o usam na
maioria das vezes em lugares
inconvenientes, como ônibus e elevadores, e ainda falam em voz alta.
Nos automóveis, já é proibido seu uso para os motoristas. Agora, é a vez de falar
do celular nos hospitais.
Um estudo sobre a taxa de
contaminação de celulares e
mãos de equipes médicas
das UTIs e em salas de cirurgia mostra que 94,5% dos celulares estão contaminados
por vários tipos de micro-organismos. Entre eles, está o
Staphylococcus aureus, que é
frequentemente relacionado a infecções hospitalares.
O S.aureus foi isolado em
52% dos telefones celulares
e, em 37,7% das mãos de alguns dos 200 membros da
equipe médica (15 professores, 79 médicos-assistentes,
38 enfermeiros e 68 atendentes), mostrou-se resistente à meticilina (penicilina semissintética que não é
comercializada no Brasil).
A médica Fatma Ulger e
seus colaboradores da Faculdade de Medicina da Universidade Ondokuz Mayis,
na Turquia, relatam os detalhes da pesquisa na revista
"Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials",
publicada no último mês de
setembro.
julio@uol.com.br
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