São Paulo, sábado, 05 de junho de 2010

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FOCO

Cachorro "atende" doentes com problemas de fala e memória

Divulgação
O pinscher Jack, de nove anos, faz visita a doente em clínica de Minessota, nos EUA

MARIANA PASTORE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde que passou a integrar a equipe médica da Clínica Mayo, em Minessota (EUA), um novo profissional é responsável pela recuperação de pacientes e pela diminuição do estresse de seus colegas médicos.
Trata-se do Dr. Jack, um cachorro da raça pinscher de 9 anos, que faz entre oito e dez consultas diárias, chamadas de cachorro-terapia.
Segundo o médico Brent Bauer, do departamento de medicina complementar e integrativa da Mayo, estudos científicos comprovam que esse tipo de terapia pode reduzir a dor em crianças.
A técnica também melhora os resultados dos tratamentos de adultos hospitalizados com insuficiência cardíaca, além de reduzir o uso de remédios em idosos.
Sempre acompanhado da dona, a funcionária Marcia Fritzmeier, o cão ajuda os pacientes em atividades físicas, reabilitação e terapia da fala.
Fritzmeier é avaliadora da Associação Internacional de Cães Terapeutas e trabalha com treinamento de animais desde a década de 1970.
"A ideia é prestar um atendimento contínuo no processo de cura, além de tornar mais prazerosa a estada no hospital. Os pacientes podem esquecer os nomes dos médicos e enfermeiros, mas nunca esquecem do Jack."
De acordo com a dona, o cachorro recebeu treinamento de obediência, com comandos verbais e sinais com as mãos, para ajudar a reabilitação de quem perdeu a fala. É capaz de entender o comando do doente.
O cachorrinho também ajuda na recuperação de quem perdeu a memória.
Além do trabalho no hospital, Jack faz dupla jornada em casa. Ele cuida de Fritzmeier, que tem um problema auditivo que a impede de escutar carros ou pessoas quando estão atrás dela.
"O Jack me alerta, colocando as patas sobre minha perna e olhando para o lado, se um veículo se aproxima ou uma pessoa fala comigo."
A clínica lançou um livro infantil com as aventuras do cachorro-doutor. O prefácio é da ex-primeira dama dos EUA, Laura Bush.


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